Seis milhões de estudantes brasileiros não possuem acesso domiciliar à internet para acompanhar as aulas realizadas na web durante a pandemia. Entre os estudantes do país – da pré-escola à pós-graduação – que não têm acesso em casa à internet em banda larga ou à rede móvel 3G ou 4G, 96,6% são da rede pública de ensino.
O número representa um total de 5,8 milhões alunos que frequentam instituições públicas e enfrentam a defasagem educacional.
Os números foram revelados pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, com dados compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os técnicos analisaram o ensino remoto durante a pandemia de Covid-19.
O problema se concentra entre os alunos dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, bem como da pré-escola. Na graduação e pós-graduação, a falta de acessibilidade é menor.
Cerca de 200 mil estudantes que se matricularam no ensino fundamental e não tinham acesso à banda larga ou rede móvel são de escolas particulares, segundo o Ipea.
A diferença reflete, em parte, segundo o pesquisador Paulo Meyer Nascimento, um dos autores do estudo, a concentração da provisão de educação básica no Brasil. “Há, contudo, proporcionalmente mais estudantes sem acesso à internet estudando nesses estabelecimentos”, diz. Informações por BN