O prefeito de Barra do Mendes, Armênio Sodré Nunes, conhecido por ‘Galego’ (MDB), é suspeito de agredir com um chicote várias mulheres que realizavam um protesto na frente de sua casa, que fica em uma área residencial do município, segundo apurou o site Jornal da Chapada.
O protesto teria sido motivado pelo descaso com que o gestor tem conduzido as ações sanitárias de combate ao novo coronavírus. Segundo os moradores informaram ao jornal, os R$ 1,6 milhão repassados pela união para o combate da pandemia da Covid-19 não estão sendo utilizados para esse fim.
Em entrevista ao Jornal da Chapada, a moradora Simone Sousa Feitosa de Almeida, diz que foi agredida por Galego e acabou indo parar no hospital municipal da cidade por causa das lesões causadas pelo chicote do prefeito. “Fomos para o hospital do município, fui medicada e inclusive o médico descreveu as lesões. Vou fazer corpo de delito amanhã [sábado, 5 de dezembro], BO [boletim de ocorrência] em Irecê, que fica a 60 quilômetros, pois o delegado está com covid e não tivemos assistência aqui [em Barra do Mendes]”, lamentou Simone ao site de notícias da região da Chapada Diamantina.
A moradora disse ainda que acionou um advogado e que está sendo assistida pela comissão da mulher.
“O prefeito está insano, batendo no povo de Barra do Mendes, um absurdo. Freou o carro em cima da gente e já saiu com o chicote em cima do povo”, diz a moradora que participou da manifestação. “Uma situação jamais vista, justamente porque estávamos cobrando direitos que a população tem. Estarei assistida com advogados e a comissão da mulher já entrou em contato comigo também estarrecidos”, desabafou a moradora agredida pelo prefeito ao Jornal da Chapada.
O BNews tentou contato por telefone com o prefeito da cidade, mas as ligações caíram direto na caixa. O site deixa o espaço aberto para as declarações do gestor.
Veja o vídeo do momento em que o prefeito chega ao local e agride os manifestantes, divulgado pela Acorda Barra do Mendes:
Indisponibilidade
Galego e um empresário tiveram R$ 232.850,36 do seu patrimônio bloqueados por decisão liminar da Justiça, que atendeu pedido do Ministério Público estadual. O MP entrou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa após constatar a prática de dispensa de licitação por fracionamento do objeto.
A ação que baseou a decisão do juiz Danilo Augusto e Araújo Franca levou em consideração a investigação do MP que constatou que, entre os anos de 2013 e 2019, foram realizadas 58 compras de bens de consumo das empresas fornecedoras Star Games e da Vladimir Figueiredo ME, todas sob um mesmo CNPJ.
Segundo o promotor de Justiça Marco Aurélio Nascimento Amado, o valor total da compra, R$ 232.850,36, foi fracionado ilegalmente ao longo dos meses “com o intuito de escapar do dever de licitar”. Além do fracionamento irregular, o MP apurou que as compras foram realizadas “sem qualquer formalização de procedimentos ou contratos”. Informações por B News