As comemorações pelos 200 anos de Independência do Brasil na Bahia ganharam um importante projeto. A Fundação Pedro Calmon (FPC), ligada à Secretaria de Cultura do Estado, deu início, nesta quarta-feira (14), ao “Bahia: Memórias de Lutas e Liberdade”. O ponto de partida foi a cidade de Santo Amaro, no Recôncavo. Durante todo o dia, foram realizadas diversas atividades socioculturais voltadas para três eixos principais: cultura, educação e cidadania.
O município de Santo Amaro foi escolhido para abrir o circuito pela relevância no processo. Segundo o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Vladimir Pinheiro, a cidade é um marco. "Foi aqui que deflagraram esse processo no seu legislativo e organizaram o Recôncavo. O povo saiu daqui, em luta pela Independência do nosso estado".
Os moradores da cidade aprovaram a ação. Para a bibliotecária Patrícia Lima, é um reconhecimento ao histórico de luta do povo baiano. "É muito importante que a gente possa celebrar e que toda população possa reconhecer a importância que tem a nossa cidade no processo de independência". O estudante Ângelo Gabriel concordou. "É uma cidade de pessoas batalhadoras que desde sempre lutaram pela liberdade do país, do nosso povo", afirmou. "Para nós, santo-amarenses, é uma data muito importante, pois tudo começou aqui", completou o servidor público Rafael Gomes.
A iniciativa, que marca a participação do povo baiano na luta pela libertação do Brasil do domínio português, vai passar por 16 cidades do estado: Cachoeira, Caetité, Cairú, Camaçari, Candeias, Governador Mangabeira, Itaparica, Jaguaripe, Maragojipe, Salvador, Santo Amaro, São Félix, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho e Valença. De acordo com o secretário de Cultura de estado, Bruno Monteiro, este projeto vai deixar um legado em cada local visitado. "Em cada cidade, vamos inaugurar um marco histórico, que vai ficar em uma região central, contando um pouco da participação do município na luta pela independência".
Além de entrega do marco, será realizada aula pública, promovida pelo Centro de Memória da Bahia (CMB), ministrada pelos historiadores Sérgio Guerra Filho, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Moisés Frutuoso, doutor pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Cristiano Lima, professor do departamento da Universidade Estadual do Sudeste da Bahia (UESB), e Cristiane Conceição, formada pela UFBA. Durante as aulas, será distribuído um caderno-orientador que explica o avanço do exército pacificador por cada localidade.
A Biblioteca de Extensão (BIBEX) também realiza atividades lúdicas para o público infanto-juvenil durante toda a rota do projeto, com a contação de histórias do livro de Neide Cortizo, “Aventuras e Travessuras no 2 de Julho: a independência da Bahia”, além de visitas guiadas ao acervo bibliográfico e show de talentos.
Durante o evento nesta quarta (14), a unidade móvel do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, vinculado à Secretaria estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), ficou estacionada na Praça da Purificação e prestou atendimento psicológico, social e jurídico a vítimas de racismo e intolerância religiosa. Outra unidade móvel, da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), ofereceu atendimento e orientou a população no enfrentamento à violência contra o público feminino.
A programação contou ainda com apresentações culturais de Nêgo Fugido, fanfarras de colégios da rede estadual de ensino e ações estudantis relacionadas à temática.
Fotos: Antônio Queirós
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