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BAHIA - 14/09/2024

Metade dos donos de moto circulam sem CNH, diz pesquisa da Senatran

Metade dos donos de moto circulam sem CNH, diz pesquisa da Senatran

Mais da metade dos proprietários de motocicletas, motonetas e ciclomotores baianos não tem habilitação do tipo A, documento exigido por lei para dirigir este tipo de veículo. O alto índice de infratores foi identificado na Bahia e em mais dez estados brasileiros por uma pesquisa inédita divulgada pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

O Maranhão lidera o ranking, onde o índice chega a 70%, seguido do Piauí (61,8%) e da paraíba (57,8%). A Bahia está em nono lugar na lista. O que mais chama atenção no levantamento é que todos os estados da lista com mais de 50% dos proprietários de moto sem habilitação, estão nas regiões Norte e Nordeste do Brasil

O estudo também apresenta os estados com menores percentuais de discrepância. Santa Catarina é o que tem o índice mais baixo, possuindo 18,9% de proprietários de veículos automotores de duas rodas que não possuem habilitação própria.

A pesquisa Senatran revela mudanças na dinâmica da mobilidade urbana, dificuldade de acesso à carteira de motorista por parte da população devido ao valor e crescimento dos aplicativos de serviços para entrega e transporte, impulsionados tanto por quem consome, quanto por quem tem nesses serviços fonte principal ou complemento de renda. É o que observa o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.

“O acesso à carteira de habilitação implica em uma maior formalização e isso tem duas externalidades positivas. A primeira é que aumenta a segurança viária. O cidadão, quando está regularizado, tende a agir conforme as regras. O segundo ponto é a questão da inclusão social. É muito importante termos consciência do quanto a questão da CNH está ligada ao emprego formal e à atividade econômica remunerada”, disse.

Atualmente o Brasil possui 34,2 milhões de motos, motocicletas e ciclomotores registrados e 32,5 milhões de donos de motocicletas. Isso representa 28% de toda a frota nacional. As projeções feitas pela Senatran indicam que em seis anos esse percentual pode chegar a 30%.

Infrações – Entre os anos de 2023 e agosto de 2024 os órgãos de trânsito brasileiros registraram ao menos 714,7 mil infrações por dirigir moto, motonetas e ciclomotores sem habilitação.

Minas Gerais foi o campeão de multas, aparecendo com um total de 124,1 mil neste período. Em segundo lugar aparece São Paulo, totalizando 112,6 mil, e o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição, com 57,2 mil infrações do tipo nos dois anos observados.

“Esses dados levam a uma série de questionamentos sobre o aumento no uso de motocicletas e como isso tem impacto no trânsito. É preciso conscientizar a população sobre a importância de conduzir de acordo com a lei e democratizar o acesso à CNH”, concluiu Adrualdo Catão

Por Bahia.ba

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