O deputado federal Capitão Alden (PL) criticou duramente o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Paulo Coutinho, durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado nesta quarta-feira (30).
Alden questionou as medidas disciplinares adotadas pelo comando da PM-BA, afirmando que uma guarnição policial foi notificada após prender um líder do Comando Vermelho.
Durante seu discurso, Alden afirmou que a tropa tem percebido uma postura de perseguição do comando-geral e citou como exemplo o processo administrativo aberto contra uma guarnição da Rondesp que prendeu, segundo ele, um dos maiores traficantes da Bahia.
“O atual comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, tem sido conhecido e reconhecido por toda a tropa baiana como um perseguidor de oficiais e praças. Recentemente, fui tomado por surpresa de um processo que o comando-geral da corporação abriu contra uma guarnição da polícia. Sabe por quê? Porque eles prenderam um dos maiores traficantes da Bahia, um líder do Comando Vermelho”, denunciou Alden.
Segundo o deputado, a ação não envolveu violência ou abusos e teria seguido o protocolo, mas o uso de balaclavas pelos policiais — uma medida de segurança para proteger suas identidades — motivou o processo. Ele justificou que muitos policiais enfrentam ameaças de traficantes e são forçados a se mudar, recorrendo a arrecadações para custear os custos do transporte.
Na sequência, Alden propôs que os parlamentares visitem o Batalhão de Choque, onde o Soldado Corrêa está detido, para averiguar as condições da prisão. “Eu reforço aqui, entre os meus pares, a nossa ida para a Bahia, especialmente, ao Batalhão de Choque para acompanhar as condições que vive o Soldado Corrêa e acompanhar outras perseguições com outros policiais militares, oficiais e praças”, completou o deputado baiano.
O caso de Corrêa, que recebeu uma prisão disciplinar de 30 dias por afirmar em um podcast que agiria por conta própria se sua família fosse ameaçada, também foi abordado pelo deputado Gilvan da Federal, que considerou a punição excessiva.
Por Informe Baiano