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BAHIA - 28/04/2025

Estado contabiliza 18.902 mil falhas na assistência à saúde em um ano

Estado contabiliza 18.902 mil falhas na assistência à saúde em um ano

Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil contabilizou 396.629 mil falhas na assistência à saúde. Os dados foram levantados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em informações fornecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as ocorrências mais graves estão a administração incorreta de medicamentos, seja por dosagem ou tipo errados, e a realização de cirurgias em locais equivocados no corpo dos pacientes. Além disso, destacam-se casos de lesão por pressão, divididos em três tipos: contusão (lesão dos tecidos moles causada por trauma), entorse (alongamento dos ligamentos) e luxação, considerada a mais grave, em que há deslocamento do osso da articulação. Esses dados refletem a seriedade das falhas no sistema de saúde brasileiro e o impacto que podem ter na segurança do paciente.

Na Bahia, foram notificados 18.092 incidentes. As falhas por lesão por pressão foram de 3.715; falhas durante a assistência médica foram 3.709 e falhas envolvendo cateter venoso resultaram em 2.964.

Existem, no entanto, diversas medidas que podem ser implementadas para reduzir estes erros e até evitar óbitos. Uma delas é a implementação de processos de acreditação, que permitem às instituições adotar protocolos de segurança mais rigorosos para proteger os pacientes.

Recentemente, a ONA conduziu uma pesquisa com aproximadamente 100 instituições de saúde, para avaliar a redução de falhas após a implementação de medidas de segurança. “Mais de 30% dos entrevistados relataram que as falhas na administração de medicamentos diminuíram em 51%; os erros na identificação de pacientes caíram 52%; as infecções hospitalares reduziram 42%; as falhas na prescrição de medicamentos baixaram 35%; enquanto os problemas de comunicação diminuíram 37%. Houve ainda uma redução de 33% nas quedas de pacientes nos leitos e de 45% tanto nas falhas na esterilização de materiais quanto na manutenção preventiva dos equipamentos”, evidencia a gerente de Operações da ONA, Gilvane Lolato.

“A obtenção da acreditação é um processo desafiador que exige comprometimento, disciplina e uma profunda mudança cultural dentro das organizações. Além de aumentar a segurança no atendimento médico e na realização de exames e diagnósticos, também traz maior precisão e confiança tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. O processo contribui ainda para minimizar riscos e reduzir falhas operacionais”, acrescenta Gilvane.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que ocorram anualmente cerca de 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda, levando a aproximadamente 2,6 milhões de mortes.

O cenário de acreditação no Brasil – O cenário de acreditação no Brasil – Atualmente, das mais de 380 mil organizações de saúde no país, conforme Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), 2.030 são acreditadas por metodologias nacionais ou internacionais. A ONA detém 72,1% do mercado de acreditação, totalizando mais de 2.030 organizações acreditadas, sendo 68,4% de gestão privada, 22,2% de gestão pública, 8,3% da gestão filantrópica e 0,1% de gestão militar.

Na Bahia tem 62 instituições acreditadas. Confira mais informações no site da ONA.

Por Bahia.ba

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