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BRASIL - 15/01/2020

EUA pedem que turistas evitem áreas de fronteira e favelas no Brasil

EUA pedem que turistas evitem áreas de fronteira e favelas no Brasil

O Departamento de Estado norte-americano elevou o nível de alerta para turistas do país que viajam ao Brasil. De acordo com o órgão, a medida foi tomada devido ao aumento do risco de crimes principalmente em favelas, nas cidades-satélites de Brasília e em áreas de fronteira.

O alerta de segurança para o território brasileiro é nível 2 em uma escala de 1 a 4 — mas, em áreas especificadas, sobe para o último patamar.

No comunicado, o governo dos Estados Unidos aconselha seus cidadãos a não visitarem empreendimentos informais de habitação como favelas, vilas, comunidades e conglomerados devido a criminalidade.

Sobre as favelas, o alerta informa que nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir a segurança ao entrar nas comunidades. Ele ressalta que mesmo as localidades em que as polícias e os governos consideram seguras, a situação pode mudar rapidamente e sem aviso prévio.

O informe governamental acrescenta que, em várias regiões, há combates entre gangues e os confrontos com policiais ultrapassam os limites dessas áreas. Segundo o aviso, também não é aconselhada a ida de viajantes às cidades-satélites de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá durante o horário noturno.

O alerta vale também para quase toda a região de fronteira do Brasil — em qualquer lugar a menos de 150 km das divisas com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai. Nesse caso, o alerta só livra o Parque Nacional de Foz do Iguaçu e o Parque Nacional do Pantanal.

Ainda de acordo com a nota, são comuns crimes violentos — como assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros — nas áreas urbanas, tanto de dia quanto de noite.

Como se não bastasse, os funcionários do governo dos Estados Unidos são desencorajados a usar ônibus públicos em todas as partes do Brasil devido ao risco elevado de assaltos e agressões.

A professora de Turismo da Universidade de São Paulo, Mariana Aldrigui afirma que, no final das contas, quem pretende viajar não diferencia se uma local específico é perigoso ou não. Isso indica que a regra acaba valendo pro país inteiro.

“A preocupação de garantir situações seguras, tanto para turistas quanto para negócios, é válida. O que acontece, no comportamento geral do turista, é não se distinguir uma área segura ou inseguras.”

A especialista avalia que o país terá que fazer uma revisão profunda para construir uma nova imagem, entretanto enfatiza que isto passa pela melhora nas condições internas.

*Com informações do repórter Daniel Lian

JOVEM PAN


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