Com o segundo turno das eleições municipais neste domingo (27/10), ficou mais claro quem foram os vencedores e perdedores na política brasileira em 2024.
Entre os grandes vencedores destas eleições estão: o Centrão, a direita e centro-direita, que juntos, vão comandar a maior parte das prefeituras do Brasil.
O destaque fica com o PSD de Gilberto Kassab, partido que obteve o maior número de prefeituras no país, desbancando o MDB.
O PSD também vai administrar o maior número de capitais: cinco (Florianópolis, Rio de Janeiro, São Luís, Curitiba e Belo Horizonte) - mesmo número do MDB, que vai administrar Macapá, Boa Vista, Porto Alegre, Belém e São Paulo.
No segundo turno, também saíram vitoriosos governadores da direita que se sobressaíram frente a um "bolsonarismo raiz".
É o caso de Ronaldo Caiado (União), de Goiás, que elegeu Sandro Mabel (União) na capital Goiânia, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, que elegeu Eduardo Pimentel (PSD) em Curitiba.
O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu aumentar em 50% o número de prefeituras conquistadas, mas teve derrotas em cidades importantes no segundo turno, como Fortaleza, Goiânia, Belém e Manaus.
Já o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou um aumento no número de prefeituras comandadas em comparação a 2020, mas muito atrás dos partidos de direita.
Neste segundo turno, porém, o partido conseguiu uma vitória importante em Fortaleza, única capital que irá comandar.
Entre os grandes derrotados destas eleições estão, de acordo com os analistas: o PSDB, partido que já ocupou a Presidência do país por duas vezes e que tinha uma virtual hegemonia sobre a política de São Paulo - e não elegeu sequer um vereador na capital paulista; e o PDT e o clã da família de Ciro Gomes no Ceará.
Mas até entre os derrotados também há ressalvas: Pablo Marçal (PRTB) não passou ao segundo turno da capital paulista, mas se consagrou como um dos fenômenos da eleição.
Por BBC