A exoneração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi oficializada nesta quarta-feira (9) em publicação no Diário Oficial da União. O ato foi assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSD), e ocorreu a pedido do próprio ministro.
Até o momento, o governo não nomeou um substituto para o cargo. A expectativa é que o ministério continue sob comando do União Brasil, partido de Juscelino. Entre os nomes cotados está o do líder da sigla na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA).
Juscelino deixou o posto após a Procuradoria-Geral da República apresentar denúncia contra ele por suposto desvio de emendas parlamentares. Segundo as investigações, o ex-ministro teria, quando deputado federal, destinado recursos para o município de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã era prefeita, em um esquema envolvendo a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
As apurações apontam ainda o uso de empresas de fachada para o recebimento de propina. Juscelino já havia sido indiciado pela Polícia Federal no ano passado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi encaminhada ao STF e está sob relatoria do ministro Flávio Dino.
Por Bahia.ba