O bordão mais chiclete da temporada rubro-negra prenuncia que “hoje tem gol do Gabigol”. Bom, neste domingo, de fato, teve. Mas o camisa 9 mostrou que pode ser decisivo muito além dos gols. Antes de balançar a rede, ele deu duas assistências que desembolaram uma partida complicadíssima para o líder do Campeonato Brasileiro. Com o triunfo por 3 a 1 sobre o Bahia, o Flamengo voltou a ter 10 pontos de vantagem na ponta. Agora, a seis rodadas do fim — gordura suficiente para animar a torcida a gritar “é campeão” num Maracanã lotado.
O Bahia de Roger Machado apresentou um desafio diferente para o time de Jorge Jesus, que neste domingo cumpriu suspensão e, portanto, não esteve à beira do campo. Pela primeira vez, o rubro-negro precisou buscar a virada em um jogo no Maracanã. Isso porque Willian Arão tornou as coisas mais complicadas ao marcar, contra, o gol que abriu o placar para o Bahia.
O que não foi novidade foi o dedo de Gabigol na vitória rubro-negra. Em uma grande atuação individual, o camisa 9 parecia se multiplicar por todos os espaços vazios do campo. E, quando Reinier entrou, no intervalo, Gabigol se deslocou com naturalidade para a ponta direita, a fim de deixar o centro da área livre para o menino.
Essa dinâmica permitiu que o Flamengo chegasse ao empate, aos 8 minutos do segundo tempo. O camisa 9 recebeu de Éverton Ribeiro e cruzou de perna direita para Reinier empatar. Aos 26, ele serviu Bruno Henrique, que conseguiu tirar do goleiro Douglas. Por fim, aos 42, o atacante guardou o dele, ao aproveitar rebote de falta cobrada por Willian Arão no travessão.
O tento que fechou o placar foi o 21º do artilheiro deste Brasileirão. Com isso, Gabigol se igualou a Zico como o maior goleador do Flamengo em uma única edição do Brasileirão. O feito do Galinho se deu nas edições de 1980 e 1982. EXTRA ONLINE