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CARNAVAL - 20/02/2023

Popularidade da Mangueira acorda a Sapucaí com samba bom de cantar

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Popularidade da Mangueira acorda a Sapucaí com samba bom de cantar

Com um dos sambas mais populares da atual safra, a Mangueira conseguiu animar o público do Sambódromo no fechamento da primeira noite de desfiles na Sapucaí. Provando a popularidade da verde e rosa, as arquibancadas e frisas estavam lotadas no final do desfile, por volta das 6h.

A escola levantou a Avenida do começo ao fim com o cortejo afro do enredo "Áfricas que a Bahia canta". A comissão de frente trazia uma saudação dos orixás e um elemento cenográfico em formato de uma árvore, no alto do abre-alas, de onde saiam os componentes.

A coreografa Claudia Motta, estreante na escola, disse que pretendia mostrar algumas novidades, sem fugir a tradição das comissões de frente.

— Estamos precisando voltar às raízes — disse.

A cantora Alcione veio num tripé. A rainha de bateria Evelyn Bastos veio de Oxum, numa fantasia dourada, à frente dos ritmistas.

Um dos carros mais bonitos representava a embaixada africana e trazia a filósofa e escritora Djamila Ribeiro como destaque. Chamava atenção as esculturas de animais, articuladas.

A cantora Rosemary veio de índia comancheira à frente da ala do Ilê Aye . Outra ala representava o Olodum. Ambos são blocos tradicionais da Bahia, entre outros representados no desfile. Os blocos afros foram representados no quarto carro.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes veio de destaque no alto do último carro, que representava os axés. A alegoria atravessou a avenida com o dia já clareando.

Conheça o samba

“As Áfricas que a Bahia canta"

Autores: Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim

Oyá, oyá, oyá eô!

Ê, matamba, dona da minha nação

Filha do amanhecer, carregada no dendê

Sou eu a flecha da evolução

Sou eu, Mangueira, a flecha da evolução

Levo a cor, meu ilu é o tambor

Que tremeu Salvador, Bahia

Áfricas que recriei

Resistir é lei, arte é rebeldia

Coroada pelos cucumbis

Do quilombo às embaixadas

Com ganzás e xequerês, fundei o meu país

Por Extra Online