29 de dezembro de 2024
MIN MAX
Envie fotos e vídeos
para nosso WhatsApp
75 99120-3503

Notícias

ECONOMIA & NEGÓCIOS - 26/07/2018

Facebook tem maior perda diária em valor de mercado da história dos EUA

Facebook tem maior perda diária em valor de mercado da história dos EUA

As ações do Facebook desabaram quase 20% nesta quinta-feira (26) e levaram a empresa a registrar a maior queda diária em valor de mercado da história dos Estados Unidos. Os papéis foram afetados pelo resultado financeiro da companhia e pelas previsões para os próximos meses, que frustraram os investidores.

É a primeira vez que uma empresa perde mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado.

Os investidores reagiram mal após o Facebook informar que sua margem de lucro cairá pelos próximos anos devido aos custos para melhorar a privacidade.

As ações do Facebook recuaram 18,96% na Nasdaq, um tombo que reduziu o valor de mercado da companhia na bolsa em cerca de US$ 120 bilhões, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Angola (US$ 119,43 bilhões) ou quase quatro vezes o valor de mercado da rival Twitter.

Com o resultado desta quinta-feira, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, sofreu uma perda de cerca de US$ 16 bilhões em seu patrimônio, destaca a agência Reuters. O valor é equivalente à fortuna da 81ª pessoa mais rica do mundo, o empresário japonês Takemitsu Takizaki, segundo ranking da revista Forbes.

Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook. (Foto: Ludovic Marin/AFP)Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook. (Foto: Ludovic Marin/AFP)

Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook. (Foto: Ludovic Marin/AFP)

Aumento de custos

Na véspera, o Facebook anunciou um lucro líquido 31% maior no segundo trimestre, de US$ 5,1 bilhões, enquanto a receita subiu 42%, para US$ 13,2 bilhões. Por outro lado, a gigante da internet alertou para a desaceleração no crescimento de suas receitas no 2º semestre.

O Facebook também alertou os investidores para esperarem um grande crescimento nos custos por causa de esforços para resolver preocupações em torno de questões de privacidade dos usuários e para melhor monitoramento sobre o que os usuários publicam na rede social.

As despesas totais no segundo trimestre subiram para US$ 7,4 bilhões, um crescimento de 50% sobre um ano antes.

Alguns analistas afirmaram que os problemas do Facebook não serão facilmente resolvidos. "Diferente da Netflix, cuja queda de resultado trimestral foi considerada como temporária, vemos aqui uma evolução na história, embora uma parte dela já esperávamos", disse Daniel Salmon, analista da BMO Capital Markets.

Outros, porém, avaliaram que a ênfase do Facebook em conteúdo de maior engajamento e conteúdos promocionais no histórico de notícias dos usuários vai apoiar a receita da companhia no longo prazo.

Entrada de usuários desacelerou

O crescimento de novos usuários ativos do principal aplicativo do Facebook desacelerou para 11% no segundo trimestre, ante 13% no primeiro trimestre.

"Nossas taxas de crescimento de receitas totais vai continuar a desacelerar no segundo semestre e esperamos que a taxa de expansão de nosso faturamento caia para um dígito alto no terceiro e quarto trimestres", disse na quarta-feira o vice-presidente financeiro da rede social, David Wehner.

A receita do Facebook cresceu no ritmo mais lento em quase três anos, avançando 14% sobre um ano antes, para US$ 13,2 bilhões no segundo trimestre.

O crescimento nos usuários diários do Facebook caiu em seis trimestres consecutivos, atingindo 1,47 bilhão no segundo trimestre ante 1,23 bilhão no final de 2016.

Instagram, Whatsapp e Messenger

Enquanto isso, o Instagram avançou para 1 bilhão de usuários mensais ante 600 milhões no final de 2016. Já os dois aplicativos de mensagens do Facebook, WhatsApp e Messenger, tiveram cada um mais de 1 bilhão de usuários mensais no segundo trimestre.

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas usam pelo menos um dos aplicativos da companhia a cada mês, informaram executivos do Facebook a analistas.

O Instagram deverá ser responsável por 18% da receita do Facebook este ano e 23 por cento em 2019, segundo a empresa de pesquisa de mercado EMarketer. G1

Mais notícias