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ECONOMIA & NEGÓCIOS - 26/08/2020

Mais de 6 mil lojas fecharam as portas na Bahia no segundo trimestre, aponta Fecomércio

Mais de 6 mil lojas fecharam as portas na Bahia no segundo trimestre, aponta Fecomércio

Ao menos 6,37 mil pontos de venda na Bahia fecharam as portas no segundo trimestre deste ano, aponta um levantamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e pela Fecomércio-BA. Todos os estados brasileiros registraram retração no setor de varejo.

A Bahia (-6,37mil), no entanto, ocupa a 6ª posição em perdas no Brasil, sendo antecedida por São Paulo (-40,43 mil), Minas Gerais (-16,13 mil), Rio de Janeiro (-11,37 mil), Rio Grande do Sul (-9,69 mil) e Paraná (-9,48 mil). No Nordeste, o varejo baiano lidera o ranking de lojas fechadas, seguido de Pernambuco (-4,25mil) e Ceará (-3,35mil).

A crise provocada pelo novo coronavírus fez com que o país perdesse um total de  135 mil lojas – pontos de venda com vínculos empregatícios – entre abril e junho de 2020.  O número corresponde a 10% do total de estabelecimentos verificado antes da pandemia e supera a perda anual registrada em 2016, que foi de 105,3 mil lojas.

De acordo com a CNC e Fecomércio-BA, os segmentos mais afetados atuam no comércio de itens considerados não essenciais, como lojas de utilidades domésticas (-35,3 mil estabelecimentos); vestuário, tecidos, calçados e acessórios (-34,5 mil lojas); e comércio automotivo (-20,5 mil). O varejo de produtos de informática e comunicação foi o segmento a registrar as menores perdas absolutas (-1,2 mil) e relativas (-3,6%) no número de estabelecimentos em operação.

Já em alguns ramos do chamado varejo essencial, diretamente menos afetados pelo isolamento social, o fechamento de pontos de venda se deu de forma menos intensa do que a média do setor (-9,9%), em sua maioria. É o caso dos hiper, super e minimercados (-4,9%) e das farmácias; perfumarias e lojas de cosméticos (-4,3%).

Mesmo autorizado a funcionar na maior parte do país, o ramo de combustíveis e lubrificantes se viu indiretamente prejudicado pela queda na circulação de consumidores (-12,2%).

Vendas

“As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de consumo, tiveram o volume muito reduzido neste período”, afirma José Roberto Tardos, presidente da CNC. Para ele, “apesar do grave quadro conjuntural no segundo trimestre, o ritmo de recuperação das vendas no comércio tem surpreendido positivamente, impulsionado por fatores como a intensificação de ações de venda via e-commerce”.

Expectativa de recuo

A CNC projeta recuo de 6,9% no volume de vendas do setor. Levando-se em conta esse cenário a expectativa da entidade é de que o varejo brasileiro chegue ao final deste ano com 1,252 milhão de estabelecimentos com vínculos empregatícios – menos 88,7 mil, na comparação como fim de 2019. Informações por Bahia.Ba

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