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ECONOMIA - 31/12/2018

Veja as melhores opções de investimento para 2019. É preciso conhecer perfil do investidor e objetivos

Veja as melhores opções de investimento para 2019. É preciso conhecer perfil do investidor e objetivos

Para fazer o dinheiro render mais em 2019, os brasileiros terão que fugir da poupança. Atualmente, a caderneta rende cerca de 4,5% ao ano, enquanto o Tesouro Direto, por exemplo, rende entre 9% e 10%. Mesmo após o desconto do Imposto de Renda (IR), os ganhos chegam, em média, a 8% ao ano, portanto, quase o dobro da poupança.

O Tesouro Direto, porém, não é a única opção. É possível ganhar mais com Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), debêntures, letras de câmbio, fundos multimercado e ações. Segundo os especialistas, quanto mais diversificada for a carteira de investimentos, maiores serão a rentabilidade e a segurança num cenário de incertezas política e econômica. Por isso, o EXTRA mostra, abaixo, uma média de ganhos de cada aplicação, de acordo com o valor investido.

Diretor da Academia Fiduc, Valter Police afirma que não existe um investimento certo, mas, sim, a opção mais adequada ao perfil do investidor e aos seus objetivos.

— Se o objetivo for de curto prazo, menos de um ou dois anos, ou se a pessoa for muito conservadora, não adianta querer milagre. O dinheiro tem que estar disponível, com pouca variação. Então, a rentabilidade é menor — disse.

Para projetos de longo prazo, como uma aposentadoria, e se o investidor tem um perfil mais arrojado, o especialista explica que investimentos com risco maior podem ser considerados para compor a carteira, já que garantem maior rentabilidade.

— O ano é de muitos desafios políticos para saber se a economia vai melhorar. É importante diversificar não apenas os investimentos, mantendo sempre uma reserva de emergência com liquidez imediata e baixo risco, mas diversificar inclusive os fornecedores, isto é, as instituições financeiras, as corretoras e as gestoras, comparando as taxas cobradas por cada uma — aconselhou Police.

Nelson de Sousa, professor de Finanças do Ibmec/RJ, explica que os investidores, especialmente aqueles com menos experiência, devem ter cautela ao aceitar os investimentos sugeridos pelas instituições e avaliar como se encaixam em seus objetivos:

— Há papéis de renda fixa, por exemplo, com resgate para o ano seguinte ou para 2050. O investidor precisa avaliar o prazo pelo que deseja deixar o dinheiro investido.

Além disso, de acordo com Myrian Lund, professora dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), as instituições fornecedoras só podem oferecer produtos adequados ao perfil de risco do investidor:

— Todo investidor, antes de aplicar o dinheiro, com exceção da poupança e do CDB, tem que preencher o questionário de análise de seu perfil. Todos os produtos vendidos têm uma classificação de risco de 1 a 5 (de baixíssimo a alto). Se o resultado for conservador, o gerente não pode oferecer fundos de ações, por exemplo. A não ser que o cliente preencha uma declaração a respeito — disse Myrian.

Para cada prazo, um plano

De acordo com a professora Myrian Lund, os investidores devem fazer planejamentos de curto, médio e longo prazos, levando em consideração seus sonhos e seus objetivos. Aqueles de curto prazo, como férias e reserva de emergência, precisam de liquidez diária. O objetivo financeiro, segundo Myrian, é buscar 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) nesses casos, que rende 0,5% ao mês — contra 0,4% da poupança.

Para planos de médio prazo, de dois a cinco anos, vale a pena investir em produtos sem liquidez diária, com resgate no vencimento. O rendimento é maior.

— Se tiver perfil moderado ou arrojado, pode investir em fundos multimercado, que têm volatilidade. Neste caso, podem alocar entre 20% e 30% dos recursos em dois ou três desses fundos. Priorize aqueles que rendam, em média, 120% do CDI — sugeriu.

Nos planos de longo prazo, pessoas com perfil arrojado podem acrescentar de 5% a 10% dos recursos em ações, fundos imobiliários e debêntures (títulos de dívida em que seu investimento é um empréstimo para a uma empresa).

Confira quem você é

Conservador

O investidor conservador é aquele que prioriza a segurança e a liquidez dos investimentos. Ou seja, não aceita riscos e prefere as aplicações com retornos previsíveis, ainda que mais baixos, e que possam ser sacadas a qualquer momento. Costuma dar preferência por fundos de renda fixa e Tesouro Direto.

Moderado

Este perfil valoriza a segurança, mas tem certa tolerância a riscos e maior prazo de liquidez. Por isso, reserva uma pequena parte de sua carteira de investimentos para opções com maior rentabilidade, porém mais arriscadas. Versátil, pode optar por participar de fundos multimercado ou de ações.

Arrojado ou agressivo

Este tipo de investidor entende que as perdas a curto prazo são momentâneas e necessárias para aproveitar lucros mais altos a médio e longo prazos. No entanto, reconhece a importância de manter uma reserva de emergência para garantir mais liquidez à sua carteira de investimentos. EXTRA ONLINE

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