Desde maio deste ano, a retomada da Educação de forma híbrida foi liberada em Salvador. Aos poucos, alunos e educadores, seja da rede particular ou pública, têm retomado a rotina escolar presencial. Mesmo com a vacinação e queda no número de mortes por conta do novo coronavírus nas últimas semanas, os cuidados com a limpeza e higienização do ambiente escolar devem ser prioridade. Um desses procedimentos essenciais e estratégicos no combate à Covid-19 é a sanitização de ambientes.
A bióloga Natalie Amorim, que é diretora técnica da LarClean, empresa especializada em saúde ambiental, explica que o controle microbiológico elimina e impede a proliferação de vírus, bactérias, fungos e germes, e é fundamental para espaços públicos e particulares, especialmente instituições de ensino que voltaram a funcionar com a flexibilização das atividades. "A sanitização tem se mostrado um serviço essencial no combate à Covid-19, por atuar com princípios ativos que desestabilizam a molécula do coronavírus, além de eliminar fungos e bactérias. Ainda não é o momento de relaxar em relação à covid-19", alerta.
O Ministério da Saúde recomenda o uso do quaternário de amônia para desinfecção de superfícies que possam ter sido contaminadas pelo Covid-19. De acordo com a bióloga, a sanitização é a solução, pois consiste na aplicação da propriedade para garantir proteção, desde que seja feita manutenção em locais com grande fluxo de pessoas.
"A sanitização ainda é uma das melhores opções para a descontaminação do ambiente e proteção contra a proliferação de microrganismos", explica Natalie, que ressalta a importância do procedimento para eliminação de agentes nocivos à saúde de ambientes e superfícies com rotatividade de pessoas, porém enfatiza que o procedimento não substitui as formas de prevenção e higienização individual, como uso de máscara e álcool em gel: "Os procedimentos individuais impedem a propagação do vírus e a sanitização faz a redução da carga viral daquele ambiente."
A sanitização de ambientes se baseia na aplicação do produto através de nebulização em estofados, paredes, pisos, portas e qualquer outro objeto que tenha contato com o ambiente externo. O procedimento não é prejudicial a humanos, animais ou meio ambiente, além de não deixar manchas ou odores. Porém, Natalie Amorim ressalta que, para realizar uma eficiente sanitização na reabertura das escolas, o melhor é contar com especialistas: "Uma empresa especializada fará o diagnóstico da área a ser trabalhada para criar estratégias para a aplicação dos produtos mais indicados. É realizado um teste microbiológico antes e depois para garantir a descontaminação do ambiente. Por fim, há também um acompanhamento do responsável técnico, dando mais segurança ao gestor escolar".
Normas sobre o tema
Durante a pandemia, diversas leis e normas federais entraram em vigor para recomendar a sanitização e desinfecção de locais públicos e privados acessíveis aos públicos. As escolas não ficam de fora dessas recomendações. A Nota Técnica nº 34/2020 da ANVISA, por exemplo, faz recomendações e alertas sobre procedimentos de desinfecção em locais públicos realizados durante a pandemia da COVID-19. Apesar de abordar locais públicos, as autoridades municipais vêm editando normas semelhantes destinadas a escolas e outros equipamentos com grande circulação de pessoas. Isso porque as evidências apontam que o vírus pode permanecer viável por horas e até dias em certas superfícies.