A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) promoveu “apresentação artística” com estudantes nus dentro do prédio onde são ministrados os cursos de Artes Visuais. Chancelada pelo diretório acadêmico da faculdade, a exibição ocorreu na sexta-feira do último dia 8/3 e teve objetivo de recepcionar os novos alunos.
A iniciativa fez parte do que a universidade federal chama de programa “Acolhida Cidadã”. Segundo a Coordenação dos Cursos de Artes Visuais, a apresentação poderia ser vista até mesmo por crianças, uma vez que não houve “cenas erotizadas”.
A Furg diz que a intenção do programa é “acolher da melhor maneira possível” os calouros. A instituição argumenta que, “devido à mudança de paradigma”, é necessário “mostrar o contexto da universidade” aos novos alunos, com “uma boa recepção daqueles que já estão inseridos nela”. Ainda de acordo com a faculdade, o objetivo é pôr fim a trotes violentos.
A coluna apurou que a nudez provocou um debate entre professores da Furg, uma vez que integrantes do corpo docente reprovaram a iniciativa. Veja, abaixo, um vídeo que mostra estudantes confraternizando, sem roupa, no espaço público do Prédio das Artes, dentro da universidade, no Rio Grande do Sul.
Procurada, a Coordenação dos Cursos de Artes Visuais se manifestou por meio de nota:
“A Coordenação dos Cursos de Artes Visuais informa que na última sexta-feira (8/3) aconteceu uma performance artística, idealizada e executada por estudantes, que integrou a programação da Acolhida Cidadã, organizada pelo diretório acadêmico.
A performance ocorreu no Átrio, espaço expositivo do Prédio das Artes, e as cenas de nudez não tiveram qualquer conotação erótica e/ou sexual, simplesmente corpos nus.
No momento da performance não havia a presença de crianças no local; ainda que houvesse, conforme matéria publicada em 31/5/2022 pelo Ministério da Justiça acerca da legislação vigente para espetáculos e filmes no país, a classificação indicativa, nessa situação, seria livre.
O Curso de Artes Visuais incentiva as práticas artísticas em performance e não vê nenhum problema na ação realizada”.
Por Metrópoles