A partir de 1º de janeiro, a tarifa branca baixará a conta de energia elétrica fora do horário de pico. O modelo, válido para grandes consumidores, promete beneficiar as residências brasileiras, mas os clientes precisam mudar seus hábitos para realmente obter a redução na conta de luz.
A tarifa branca funciona com três faixas de valores: nos dias úteis, a tarifa vermelha – o pico se concentra entre o fim da tarde e o início da noite; já a faixa intermediária, amarela, funciona uma hora antes e uma hora depois do horário de pico e, a verde fora do horário de pico, com custo mais baixo no restante do dia.
A CPFL Energia explica que, nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por exemplo, o pico será das 18h às 20h59. Já aos finais de semana e feriados nacionais, a tarifa sempre será cobrada fora do pico.
O modelo começou a funcionar em 2018, para consumo superior a 500 quilowatts-hora; em 2019, passou a ser aplicado, também, em unidades a partir de 250 quilowatts-hora e, a partir de agora, valerá também para as residências em todo o Brasil – exceto em unidades de baixa renda, que já possuem condições especiais.
Esse modelo de tarifas já é aplicado em países como Canadá, Austrália, Itália, França e Reino Unido. A adesão, no entanto, não será automática: cada concessionária estabelecerá o horário de ponta e o consumidor precisará formalizar a sua opção a partir de janeiro. Depois disso, a empresa instalará um medidor de energia para registrar o consumo nas faixas horárias.
É recomendado que os consumidores façam, antes de aderir ao sistema, uma análise do seu atual uso e da possibilidade de mudança, em aparelhos que consomem mais energia, como o chuveiro elétrico, fora dos horários de pico – uma vez que a manutenção do consumo poderá deixar a conta de luz até mais cara.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos