Para Adélia, a iniciativa da Sociedade Norte e Nordeste de Cirurgia Cardiovascular (SNNCCV) de realizar o congresso pela primeira vez em uma cidade do interior e escolher Feira de Santana para isso, fortalece o movimento a favor da expansão do que há de melhor na saúde para além das capitais. “Quando realizamos um evento desse porte no interior do estado, estamos em coerência com as políticas de saúde e em consonância com a sensibilidade necessária para colaborar com a formação de pessoas”, destacou valorizando a presença dos estudantes no evento.
O prefeito de Feira, Colbert Martins, acrescentou que do ponto de vista científico, a realização do congresso na cidade é “um salto imenso”. “Cirurgia cardiovascular é algo de ponta e Feira de Santana faz isso com a mesma qualidade e eficiência com que é feita em Salvador, São Paulo e no Brasil inteiro. Este é um grande salto científico, que mostra a importância que Feira tem na liderança de um processo do interior do Nordeste e de todo o país”, constatou.
Pioneirismo baiano
Entusiasta e mobilizador da ideia de realização do Congresso em Feira, André Guimarães, que é presidente da SNNCCV e coordenador de cirurgia cardíaca da Santa Casa de Misericórdia, expressou a felicidade com a conquista para a região. Conforme destacou, não havia outra palavra, senão a de agradecimento pela presença de cada um para a troca de informações e aprimoramento do que é aprendido nas cadeiras acadêmicas. “Trazer esse congresso para Feira mostra, ao mesmo tempo, a capacidade, benevolência e pensamento que os cirurgiões têm sobre a interiorização da medicina. A Bahia foi o primeiro estado do Norte e Nordeste que mostrou que podemos fazer essa atividade trazendo pessoas tão importes como as que estão aqui”.
Inovação e Tradição
Com a temática Inovação e Tradição, o congresso possibilitou debates entre cirurgiões cardiovasculares de diversas partes do país, como o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, João Carlos Leal; Fernando Kubrusly (PR), Diego Gaia (SP); Jocerlano Sousa (PI); Ricardo Lima (PE); Heraldo Lobo (CE); Henrique Furtado (TO); Alexandre Cedro (BA); Vinícios Nina (MA); e Wanderley (AL). Além disso, foi espaço também para apresentações de trabalhos inovadores na área, desenvolvido por estudantes.
Oportunidade
Para os estudantes, o congresso foi sinônimo de oportunidade. Ampliação de conhecimento, troca de experiências e acesso as referências profissionais da área são alguns dos exemplos citados por eles. Rebeka Almeida, do curso de medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana descreve a vivência como um grande meio de perspectiva acadêmica e profissional e diz que a expectativa é que mais eventos do tipo sejam realizados na cidade.
Para Lucas Arrais, estudante da universidade federal do Ceará e membro da Liga de Cirurgia Cardiovascular do estado, a participação no congresso possibilitou a percepção sobre as experiências em outros centros. “Para mim, que gosto muito da história e dos marcos históricos, uma oportunidade de assistir uma aula como a do professor Wanderley e diversos outros que são referência na cirurgia cardiovascular do Brasil é algo que marca demais”, frisou.
Em formato híbrido, com a parte presencial em Feira e transmissão em tempo real para o mundo, o congresso contou com a participação online do ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Presencialmente estiveram no evento também o deputado federal José Neto (PT); o deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia, José de Arimateia (Republicanos); o deputado estadual Angelo Almeida (PSB); e a representante da Santa Casa de Misericórdia, Ivana de Lamonica.
Paralelo ao evento foi realizado o Simpósio de Fisioterapia e Enfermagem.
Por Orisa Gomes
Foto: Lula Jads