Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que quatro a cada dez brasileiros estavam endividados em 2022, o que corresponde a 62 milhões de pessoas negativadas. Já levantamento do Banco Mundial aponta que apenas 3,64% da população brasileira tem o costume de economizar pensando no futuro. Para mudar esse cenário, a difusão da educação financeira é fundamental, conforme defende o gerente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Feira de Santana, André Pitombo.
“Pouquíssimas pessoas têm acesso à educação financeira para um planejamento de futuro, realização de sonhos, consumo... e se ela não for difundida da infância a vida adulta, esse grau de endividamento vai aumentar cada vez mais”, alertou André durante o seminário Defesa do Consumidor, ao abordar o tema “Endividamento e educação Financeira”. O evento foi promovido pelo Procon e aconteceu na Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (Acefs), nesta segunda-feira (4).
André reconhece que há outros fatores que contribuem com o endividamento, a exemplo de desemprego e o aumento do custo de vida no país, mas mesmo nesse contexto, ele reforça que a educação financeira pode contribuir para que o endividamento não piore. “A educação financeira existe para mudar os comportamentos, a partir do desenvolvimento da consciência sobre a importância do planejamento da vida financeira”, frisa.
O seminário Defesa do Consumidor também contou com palestra do superintendente do Procon, Maurício Carvalho, sobre o “Papel do Procon na Garantia dos Direitos do Consumidor”; e do advogado e professor Josinaldo Leal de Oliveira sobre o “Direito do Consumidor”.
Por Orisa Gomes