As mulheres e os idosos, segmentos da sociedade que enfrentam forte preconceito, foram o foco do pronunciamento da presidente da Câmara de Feira de Santana, Eremita Mota (PSDB), na sessão desta quarta. Mulher e também idosa, ela diz sentir na pele a discriminação, especialmente após ter sido eleita para comandar o Poder Legislativo da maior cidade da Bahia depois da capital. "Tenho enfrentado e enfrentarei ataques abomináveis, até o fim de minha missão, mas de cabeça erguida e determinada, pois coragem jamais me faltou", afirmou a dirigente da Casa da Cidadania. Ela adverte que "devemos lutar por direitos e oportunidades".
Em respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana, diz Eremita, as mulheres e as pessoas da terceira idade devem ser tratadas com igualdade e ter as mesmas oportunidades que os outros segmentos, independente da idade, cor ou religião". A vereadora chama atenção para as vantagens que a "parte preconceituosa da sociedade" impõe aos homens, especialmente aos jovens, em detrimento do sexo feminino e da idade mais avançada, como prega a Constituição.
Com mais de 20 anos na política em Feira de Santana, professora por formação, a primeira mulher a eleger-se presidente da Câmara Municipal diz que a sua luta é para que "muitas outra cidadãs" possam obter as mesmas oportunidades e conquistas que conseguiu em sua vitoriosa trajetória: "É possível enfrentar dificuldades e alcançar posições de destaque, independente da idade ou sexo". Ao refletir sobre sua caminhada, Eremita diz sentir muito orgulho da condição de idosa. Realizada, ela teoriza que “envelhecer é um processo de plenitude, o máximo da vida de um ser humano”.
Por ASCOM