Diante do cenário competitivo trazido pelo novo marco do saneamento, a Embasa vem intensificando a busca de recursos voltados à universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário em sua área de atuação, que abrange 367 municípios baianos. Atualmente, a empresa está em processo de captação de um volume total de aproximadamente R$ 5 bilhões, junto a diversas fontes de financiamento.
Somente pela Caixa Econômica, a Embasa tem a perspectiva de captar R$730 milhões, sendo R$693 milhões financiados a partir de recursos do FGTS e R$37 milhões como contrapartida da Embasa. Esse montante, que está em fase final de aprovação, será utilizado para viabilizar dez obras, em dez municípios baianos: Barra do Choça, Capim Grosso, Feira de Santana, Caravelas, Serrinha, Ruy Barbosa, Jequié, Conceição do Coité, Nazaré e Riachão do Jacuípe.
No Banco do Nordeste, a Embasa já conseguiu aprovar um crédito de R$379 milhões, sendo R$ 303 milhões em recursos do Fundo Nacional do Nordeste (FNE) e contrapartida de R$76 milhões da Embasa. Esse financiamento, que passa agora aos trâmites complementares de análise de projeto, viabilizará cinco obras, que beneficiarão oito municípios baianos: Serrolândia, Jacobina, Miguel Calmon, Várzea do Poço, Senhor do Bonfim, Ribeira do Pombal, Cícero Dantas e Tucano.
O Novo Banco do Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), também conhecido como o “banco dos BRICS”, também está no radar da Embasa, que está com a carta-consulta pronta para a solicitação de US$300 milhões em setembro, na próxima reunião da Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX), composta por diferentes órgãos da esfera federal.
Também faz parte da estratégia de alavancagem de recursos o ingresso da companhia no mercado de capitais através da emissão de debêntures. Debêntures são títulos privados de renda fixa, que permitem às empresas captarem dinheiro de investidores para projetos. No caso das debêntures incentivadas, os recursos devem ser empregados necessariamente em obras de infraestrutura.
“Estamos em um momento de reposicionamento da companhia, que agora precisa estar no mercado, disputando os recursos necessários para atingir as metas do marco do saneamento”, destaca o presidente da Embasa, Leonardo Góes. “Com os recursos que estamos assegurando, vamos dar uma virada no panorama do saneamento baiano, levando saúde e qualidade de vida para milhões de pessoas”.
A diretora financeira da Embasa, Marcela Lima, acredita que a Embasa deve diversificar as fontes de captação como estratégia de alavancagem dos investimentos. Além do avanço na captação de recursos junto aos bancos públicos e através do mercado de capitais, vamos em busca de bancos e agências multilaterais internacionais em busca de cooperação técnica e financeira para os projetos de investimentos, diversificando as fontes de financiamento, dado o desafio da universalização estimado em R$22 bilhões, até 2033, para toda a área de atuação da Embasa, onde R$ 7 bilhões será proveniente de recursos de terceiros”, pontua.
O gerente de Administração Financeira da Embasa, Alexandre Barreto, acredita que a Embasa está preparada para os novos desafios. “Temos uma companhia com um plano de negócios consistente, baixo endividamento e garantias livres para novas operações de captações de recursos. Tudo isso gera credibilidade e condições necessárias junto aos investidores, garantindo a contratação desses recursos essenciais para a ampliação e melhoria dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na Bahia”, pontua.