A presidente da Câmara, Eremita Mota (PSDB), fez um pronunciamento na sessão da quarta-feira (16) afirmando que por dois meses (maio e junho) a prefeitura deixou de repassar os valores devidos da parte patronal para a previdência municipal, acumulando dívida de R$ 8.369.024,06.
"Chama-se calote", definiu, acrescentando que é gravíssimo e requer providências dos vereadores, pois configura improbidade administrativa. "Fomos surpreendidos, com o registro deste débito absurdo, confessado pelo prefeito, junto ao Instituto de Previdência. É algo absolutamente injustificável e que põe o regime próprio previdenciário em situação de risco", alertou.
Após listar várias situações que demonstram a crise financeira, ela especulou que a prefeitura está "quebrada por má gestão" e questionou se o financiamento que o Executivo pretende tomar no exterior seria na verdade para tapar o buraco e não para fazer obras, como alega o governo, que vem pressionado a Câmara a aprovar o empréstimo que será em dólar e equivale a cerca de 250 milhões de reais.
Eremita citou o problema de salários atrasados dos funcionários da saúde, o atraso no pagamento dos artistas, trabalhadores e até de médicos que atuaram na micareta, a falta de repasse de recursos das entidades filantrópicas e o cancelamento da Expofeira.
"Já começamos a temer pela folha de pagamento de todos os servidores municipais", alertou.
Por Conexão de Notícias - Glauco Wanderley