Em 1988, a jovem Simone Almeida dos Santos iniciava o magistério, cheia de sonhos, coragem e determinação. A relação com a educação surgiu no ambiente familiar. Uma tia a levava com frequência para a escola onde trabalhava. Vivenciar a rotina escolar, naquela época, alimentou em Simone a vontade de ser professora.
Neste 15 de outubro, data marcada pelo Dia do Professor, a professora, hoje aposentada, celebra os mais de 30 anos desde que aceitou a missão de lecionar.
“Ser professora sempre foi o meu desejo. Durante o magistério, descobri os desafios da profissão. Em uma palestra sobre o que é ser professor, eu realmente tive a certeza que estava no lugar certo. Muito nova, mas com vontade de ajudar o próximo de alguma forma”, conta.
Simone formou-se em 1990. Um ano depois, em 1991, fez o concurso do município e em outubro deste mesmo ano, entrava na Escola Municipal Arthur Vieira de Oliveira, no distrito de Maria Quitéria, zona rural de Feira de Santana, para a sua primeira aula.
Durante 32 anos, dedicou-se à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Ao todo, passou por cinco escolas da rede municipal. Cada conquista, cada passo na aprendizagem das crianças, reafirmaram o compromisso com o que tinha escolhido para a vida: educar.
“A educação me transformou. Sou funcionária pública. A minha função, quando estava exercendo, era servir ao público. O brilho no olhar das crianças quando eles conseguiam juntar as primeiras letras, quando formavam palavras e conseguiam ler, era uma conquista muito grande”.
Agora ficam as boas lembranças e a saudade do convívio. “A escola é uma segunda família, dividimos alegrias e tristezas. Muitas vezes passamos mais tempo na escola, do que na nossa própria casa. O vínculo que fica é muito forte, não acaba. Em todas as escolas por onde passei, eu sempre procurei fazer o meu melhor.”
Com a sensação de dever cumprido, Simone deixa uma mensagem aos docentes que continuam na caminhada.
“Para os que estão em sala de aula, eu desejo saúde, coragem e ânimo. Só a educação é capaz de tornar o sujeito consciente, reflexivo e autônomo em suas decisões. Para os que estão chegando, eu desejo que a mesma vontade de ingressar no concurso, seja de transformar a vida de cada aluno para melhor”.
Por Secom