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FEIRA DE SANTANA - 05/11/2023

O programa Narrativas Visuais do Sesc Bahia chega a sua terceira edição em 2023!

O programa Narrativas Visuais do Sesc Bahia chega a sua terceira edição em 2023!

Realizado em cidades do interior da Bahia, este ano as atividades acontecem em Alagoinhas @sescalagoinhasba, Barreiras @sescbarreiras, Feira de Santana @sescfeiradesantana, Jequié e Santo Antônio de Jesus @sescsaj, com uma proposta de descentralização do circuito de arte, valorização de artistas e uma temática que evidencia a água, como substância essencial à vida. 


Em Feira de Santana a artista convidada é Nila Carneiro (@nila_carneiro)  que realiza a obra 'Uiara - mãe dos olhos D´água" na estrutura da Caixa D´água do Tomba com apoio da Embasa. Para celebrar a entrega da obra será realizado no próximo dia 17 de novembro às 19h30 o show que recebe o mesmo título da obra interpretado pela sambista baiana Maryzelia, os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do Centro Cultural Sesc aos valores de R$2,00 inteira e R$ 1,00 meia. 

  

Sobre a obra de Nila Carneiro: 

 

A escolha do nome da mulher peixe retratada, “Uiara”, vem da relação da origem do nome do Rio Jacuípe, uma das referências ambientais e simbólicas de Feira de Santana, com a cultura tupi. A Uiara ilustrada é uma divindade capaz de transformar tudo à sua volta, trazendo vida para o que já estava morto.  

Importante deusa Mãe d’água, a Uiara, ou Iara, é uma entidade comum entre os povos originários tupi da América do Sul e é ligada à conservação das águas do continente. A entidade assumiu uma forma de sereia, com rabo de peixe e corpo de uma mulher parda de cabelos longos.  

Sua lenda conta que era uma grande guerreira que gerou inveja entre os irmãos, que tentaram assassiná-la, falharam e foram mortos por ela. Como punição, Iara é lançada ao rio, onde os peixes a levam até a superfície e transformam seu corpo no seu formato conhecido. Iara continua como uma grande potência feminina, dedicada à proteção da água. “Jacuípe” se origina do tupi antigo îaku’ype, que significa “no rio dos jacus”.  

Em Feira de Santana, por muitos anos, o Jacuípe serviu como ponto turístico e de lazer para muitos feirenses e visitantes da cidade. Cortando a BR 116 (que liga Feira a Santo Estevão), ele também já foi fonte de sustento para muitos pescadores, até a poluição ligada ao crescimento desordenado da cidade, entre outros fatores, levarem a uma degradação significativa desse patrimônio natural.  

Na representação da entidade, são ilustrados os peixes desaparecidos por conta da degradação desse importante rio: o paitapá, que é o maior bagre, a curimatá menor e alguns crustáceos, como é o caso do pitú verdadeiro, e o pássaro que originou o próprio nome do rio, o Jacú. 

Texto do curador do Projeto Divino Sobral. 




Marca Sesc Bahia

Hygor Almeida
Produtor Cultural
Centro Cultural e Restaurante Feira de Santana
 www.sescbahia.com.br


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