Os chilenos rejeitaram neste domingo (17) a proposta de uma nova Constituição. Com 99,65% das urnas apuradas, 55,76% dos chilenos votaram contra a mudança e 44,24% foram a favor.
Esta é a segunda vez que os chilenos recusam alterações na Constituição. O Conselho Constitucional, dominado por forças de direita, foi encarregado de redigir o texto. A recusa da população representa um freio ao avanço da ultradireita no país.
A proposta de Constituição foi considerada por analistas como mais conservadora do que a da ditadura, e colocava em centro os direitos de propriedade privada e regras rígidas sobre imigração e aborto.
Antes do plebiscito, o presidente Gabriel Boric disse que não pressionaria por uma terceira reformulação, mas poderia tentar emendar o texto atual. “O que os cidadãos exigem é uma melhor capacidade de diálogo, de consenso, mas acima de tudo de ação”, disse.
O plebiscito sobre uma nova Constituição poderia substituir o texto criado na ditadura do general Augusto Pinochet, que durou de 1973 a 1990.
Por Metro 1