Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Faroeste, suspeita da existência de uma ação coordenada para travar inquéritos instaurados pela Polícia Civil para apurar denúncias sobre esquema de venda de sentenças em casos de grilagem envolvendo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio, a desconfiança do MPF foi o motivo para o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinar que os departamentos de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e de Polícia do Interior (Depin), Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP estadual entregassem à Polícia Federal cópias do material apurado.
O MPF vai analisar o material recolhido dos órgãos de segurança da Bahia para descobrir o que causou o travamento das investigações baseadas em denúncias de venda de sentenças em processos relativos à grilagem de terras no Oeste baiano.
Operação
Os magistrados foram alvos da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) para desarticular suposto esquema criminoso voltado para venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores em casos de grilagem de terras no oeste baiano.
A ação aconteceu às vésperas da eleição para presidência do biênio 2020-2022 do Tribunal, que estava previsto para esta quarta-feira (20). Maria da Graça e Olegário eram candidatos. O pleito, no entanto, acabou sendo adiado para data ainda não conhecida.
Mais de 200 policiais federais, acompanhados de procuradores da República, cumpriram quatro mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão em gabinetes, fóruns, escritórios de advocacia, empresas e nas residências dos investigados, nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, na Bahia, e em Brasília. B NEWS
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