A Justiça do Piauí decretou a prisão do “quase-cônsul” da Guiné Bissau, Adailton Maturino, por associação criminosa e corrupção ativa. A prisão foi decretada nesta quarta-feira (20) pelo juiz Carlos Hamilton Bezerra, da 1ª Vara Criminal de Teresina.
Segundo a decisão, o réu foi acusado de ter subornado uma zeladora do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) para furtar um processo administrativo que tramitava na Corregedoria local. Para o juiz, a prova da materialidade e os indícios de autoria são incontestáveis. Adailton já está preso na Papuda, em Brasília, por determinação do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por compra de sentenças no TJ da Bahia. Ele é investigado na Operação Faroeste.
Em novembro de 2014, Adailton e dois advogados foram presos por pagar propina para uma faxineira que prestava serviços de limpeza na Corregedoria Geral de Justiça em troca de um processo administrativo que comunicava irregularidades em procedimento em trâmite na 2ª Vara Cível de Teresina. As prisões foram convertidas em preventivas em 21 de novembro de 2014.
Adailton Maturino foi solto no dia 16 de dezembro de 2014 pelo juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Flagrantes, sob o compromisso de não se ausentar da Comarca de Teresina ou mudar de endereço sem prévia comunicação.
Quatro anos depois, Adailton voltou a Teresina, mas para ser homenageado pela Câmara Municipal, com a concessão de título honorifico de “Cidadão Teresinense”, através de proposição de autoria do vereador Aluísio Sampaio (Progressista). A honraria se justificava “pela especial atenção que [Adailton Maturino] tem dispensado a cidade de Teresina envidando esforços no sentido de instalar o Consulado de Guiné Bissau”. Após tomar ciência da prisão do falso cônsul na Bahia, o vereador revogou o título. Informações por Bahia Notícias