A Justiça de Feira de Santana acatou pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) e determinou o afastamento de José Carlos de Carvalho Pitangueira da direção do Hospital Geral Clériston Andrade por conta de acusações de assédio moral que teria sido cometido por ele.
"Aponta diversas práticas: ameaças à apresentação de atestado médico e da retirada dos plantões de 24h como forma de punição/retaliação; segregação no ambiente de trabalho, ameaças, apelido pejorativo; criação de grupos distintos de trocas de mensagens para servidoras efetivas e contratadas /celetistas, dos comentários vexatórios. Apresenta diversos relatórios e atestados médicos que apontam o adoecimento e desgaste emocional generalizado das servidoras efetivas e contratadas. Sustenta, ainda, que se iniciaram na gestão do Sr. José Carlos De Carvalho Pitangueira, tendo se intensificado com a nomeação, em maio/2019, da atual coordenadora, Sra. Erica Moreira", diz um trecho da decisão obtida pelo Bahia Notícias.
Entre outras medidas além do afastamento do diretor, a juíza do Trabalho Jaqueline Vieira Lima da Costa também determinou a implementação de Política de Combate permanente contra a prática de assédio moral e à discriminação no meio ambiente de trabalho no hospital. O Estado da Bahia deve adotar providências no prazo máximo de 30 dias após o recebimento da denúncia para apurar e fazer cessar o assédio moral denunciado, sob pena de pagamento de multa de R$ 50 mil por obrigação descumprida.
A reportagem do Bahia Notícias entrou em contato com Pitangueira, que negou todas as acusações. Ele disse que permanece no comando do hospital e que ainda não foi notificado da decisão judicial.
"Não sei nem o que eu fiz, estou sabendo disso agora por você. Eu nunca fiz nada com ninguém, sempre recebo a todos muito bem. Se alguém falou isso é fake news. Nunca tive problema com ninguém nos nove anos que estou aqui", garantiu.
Por BN