O corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão decidiu, nesta segunda-feira (15), afastar a juíza Gabriela Hardt das funções, por burla à ordem processual, violação do código da magistratura, prevaricação e desobediência a decisões do Supremo Tribunal Federal.
Sergio Moro é citado na decisão, mas como já não integra a magistratura, não é alcançado pela decisão.
Além da juíza, que em 2019 condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou também três magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que na época da Lava Jato confirmou todas as condenações do petista.
Salomão cita “infrações administrativas graves” e “fortes indícios de faltas disciplinares e violações a deveres funcionais da magistrada” sobre a atuação de Hardt na Lava Jato para justificar o afastamento.
"A natureza da atividade desenvolvida pela reclamada exige e impõe atuar probo, lídimo, íntegro e transparente, sendo inaceitável que, aparentemente descambando para a ilegalidade, valha-se da relevante função que o Estado lhe confiou para fazer valer suas convicções pessoais", afirmou o corregedor no documento que determina o afastamento. "Faz-se, portanto, inconcebível que a investigada possa prosseguir atuando, quando paira sobre ele a suspeita de que o seu atuar não seja o lídimo e imparcial agir a que se espera".
Por Agência Brasil