Projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer impor teto de R$ 135 milhões para prêmio da Mega-Sena. Em contrapartida, caso ninguém acerte as seis dezenas, o valor será dividido entre os apostadores que fizerem a quina.
Em novembro, a cartela simples foi reajustada: de R$ 3,50 para R$ 4,50.
Em audiência nesta quinta-feira (5), o autor da matéria, deputado Chiquinho Brazão, do Avante do Rio de Janeiro, afirmou que o objetivo é democratizar o prêmio.
“À época, representava 105 milhões e hoje representa 135 milhões. Em nenhum momento criamos teto, a ideia é incentivar que mais apostadores possam concorrer.”
O texto do deputado Chiquinho Brazão indica que o prêmio máximo corresponderá a 30 milhões de vezes o valor da aposta de seis números.
O diretor-executivo de fundos de governo da Caixa Econômica Federal, Edilson Vianna, é contrário à mudança. “Qualquer outra intervenção que leve a uma limitação do que é ofertado para o apostador sobre a vontade de apostar, vai levar para um cenário bastante negativo.”
O diretor da Caixa, Edilson Vianna, cita que nos últimos seis anos foram arrecadados com as loterias R$ 82 bilhões e os repasses chegaram a R$ 34 bilhões.
O presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas, Urbano Simão, teme uma queda de receitas ao setor, caso o projeto seja aprovado. “Pelo amor de Deus! Não mexam na receita, pelo contrário, melhorem!”
Urbano Simão acrescenta que as lotéricas estão em 98% das cidades brasileiras e funcionam também como agências bancárias.
Ainda segundo o projeto, em caso de aposta vencedora para as seis dezenas, é possível repassar o valor excedente entre os apostadores da quina.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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