Com a chegada do mês de janeiro, as altas temperaturas tornam necessários alguns cuidados com a alimentação e, principalmente, com a hidratação. O nutricionista Rodrigo Rüegg explica que, com o aumento da temperatura no corpo, o organismo produz mais suor na tentativa de equilibrar o excesso de calor, e é importante repor a água e os eletrólitos que são eliminados nesse processo.
"A melhor forma de fazer isso é aumentando o consumo de água, sucos e chás, desde que não sejam cafeinados, porque esses podem levar a uma desidratação maior", orienta o profissional. Frutas, verduras e legumes da estação também são recomendados para ajudar na reposição das vitaminas e minerais.
Alimentos como abacaxi, acerola, coco verde, laranja, manga, melão, melancia e uva estão mais baratos devido à sazonalidade, assim como chuchu, tomate, quiabo, abobrinha, brócolis, coentro, rabanete, rúcula, acelga e repolho.
Segundo Rodrigo, que também é docente do curso de Nutrição na Estácio, o consumo desses alimentos não é uma orientação específica para apenas uma estação: as recomendações de alimentação saudável devem ser adotadas por todo ano. "Além da ingestão de água, de frutas e verduras, é sempre benéfica a redução de consumo de frituras e de alimentos muito açucarados, que deve seguir ao longo de todo o ano", aconselha.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), a sensação térmica está 2,5°C mais alta nessa temporada, graças à umidade relativa do ar, que tem variado entre 75% e 85% nesse verão. Em épocas de temperaturas mais altas é também comum o aumento do consumo de bebidas alcoólicas geladas, como cervejas e drinks. Em relação a isso, o profissional faz um alerta.
"O grande problema é que o álcool presente nessas bebidas inibe o hormônio antidiurético, o que faz com que a gente perca bastante água na urina, principalmente. Isso associado ao excesso da produção de suor pode acarretar na desidratação que é tão comum no dia posterior, como a famosa ‘ressaca’. Então, a recomendação é que se for beber uma lata de cerveja, por exemplo, consuma também um copo de água para minimizar a desidratação, mas, evidentemente, também é preciso cuidado com o excesso de bebidas alcoólicas que trazem outros problemas de saúde", adverte Rodrigo.
Outro ponto de atenção deve ser o risco de infecção ou intoxicação alimentar. No verão, o consumidor deve ficar atento às condições higiênicas do estabelecimento em que está adquirindo a comida.
Rodrigo orienta ainda para sempre observar as questões básicas de higiene: se o armazenamento dos alimentos é feito em locais apropriados e refrigerados, se há torneiras para lavar os utensílios e, na praia principalmente, se o manipulador do alimento é o mesmo que manipula o dinheiro, o que não deve ocorrer.
Por Vivian Rodrigues