O 11 de fevereiro reforça um aspecto importante para toda a população. Data de origem religiosa, o Dia Mundial do Enfermo enfatiza a importância da atenção e acesso a serviços de saúde e a necessidade de empatia em relação às pessoas que passam por qualquer tipo de enfermidade.
O Monte Tabor - Centro Ítalo Brasileiro de Promoção Sanitária, instituição presente há mais de 40 anos na Bahia, reitera o seu papel nesse contexto, como explica a infectologista Renata Mendonça, que é médica voluntária na entidade. Ela lembra que a instituição oferece atendimento a mais de 12 especialidades, além de exames de imagem, tudo de forma gratuita e com a atuação de profissionais qualificados, no Luigi Verzé - Ambulatório Social, localizado no bairro de Pau da Lima.
Entre outras especialidades, o Monte Tabor conta com um ambulatório de infectologia completo, que atende casos de doenças infecciosas, com exceção da Covid-19, pois, como explica Dra. Renata, a doença precisa ser tratada em âmbito hospitalar por necessitar de isolamento.
"A data, iniciada pelo papa São João Paulo II, e com ações sociais relacionadas à Igreja Católica está em total comunhão com o que o Monte Tabor realiza há mais de 40 anos na Bahia", reforça a médica. Dra. Renata alerta para um número grande de doenças negligenciadas pela população. Em muitos casos, prossegue a médica, essa desatenção parte da soma de um preconceito em relação à enfermidade e à dificuldade de acesso a serviços de saúde.
Ela explica que doenças como a hanseníase, que pode ser tratada e curada, muitas vezes entram nesse hall por ser envolta de preconceito. "Trabalhei com muitas doenças negligenciadas e é por isso que reforço o quão fundamental é que as pessoas saibam da existência de serviços, como o Luigi Verzé - Ambulatório Social para que elas possam procurar tratar suas doenças".
A infectologista afirma também que, durante a pandemia, inúmeras outras doenças também ficaram desassistidas e é preciso ter atenção também a essa demanda. "Precisamos conscientizar e construir pontes para aumentar o acesso das pessoas à saúde, seja na assistência básica, prevenção, alta complexidade".
O Dia Mundial do Enfermo busca também chamar atenção para outra necessidade, como reforça Dra. Renata Mendonça. "É necessário despertar o olhar das pessoas para com os outros e para com o enfermo, ter empatia, se colocar no lugar daquelas pessoas, algumas delas lidando com patologias incuráveis ou de tratamentos complexos", afirma.
Empatia
No aspecto da Covid, ela avalia que a pandemia escancarou as dificuldades de acesso da população à saúde. "A Covid é um doença que não discrimina, e atinge todas as classes. No entanto, em relação aos cuidados que as pessoas recebem, existe uma grande diferença entre os que têm acesso a uma assistência adequada e as que estão abandonadas, sem acesso aos mesmos cuidados".