Fundação SM cria grupo de estudos para discutir documento feito com Unesco sobre desafios da Educação

Mudanças estruturais na educação podem garantir no futuro uma sociedade mais justa e sustentável. Após fazer um diagnóstico das modificações necessárias apontadas no relatório da UNESCO “Reimaginar nossos futuros juntos: Um novo contrato social para a Educação”, a Fundação SM, parceira da iniciativa, agora parte para um novo desafio. Busca entender como as iniciativas propostas no documento, lançado em abril, podem ser, de fato, colocadas em prática. Para isso, criou um grupo de trabalho, que vai envolver professores e educadores. A ideia é que eles pensem como as sugestões contidas no estudo podem funcionar no dia a dia das escolas.

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“O relatório tem como objetivo trazer as reflexões sobre esse momento tão desafiador que o mundo vive. A gente sabe que a educação e o conhecimento são importantes nos enfrentamentos desses desafios e é justamente onde a gente quer contribuir. O que a gente quer deixar para trás, o que a gente quer ressignificar, e o que queremos trazer de novo para a educação? Para isso, criamos o grupo de estudos para que professores e educadores pensem esses conteúdos macro para o nosso contexto, para o dia a dia da escola”, destaca Mariana Franco, gerente da Fundação SM.
 

O relatório convoca governos, instituições, organizações e cidadãos a se comprometer com mudanças estruturais que transformem o futuro da educação, visando uma sociedade pacífica, justa, sustentável, inclusiva e humanista. O estudo surgiu após dois anos de trabalho, envolveu especialistas de todos os continentes e consultou mais de um milhão de pessoas para levantar respostas para três perguntas: o que devemos continuar fazendo? O que devemos deixar de fazer? O que devemos reinventar criativamente? Lançado no Brasil em 28 de abril, Dia da Educação, o documento também terá uma versão em espanhol para a comunidade ibero-americana.
 

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Mariana Franco é gerente da Fundação SM

O documento ganha ainda mais relevância diante da crise na educação causada pela pandemia de Covid-19, que provocou a maior interrupção do sistema educacional de toda a história, impactando 1,6 bilhão de estudantes. No Brasil, mais de 5,1 milhões de crianças e adolescentes ficaram distantes das salas de aula.
 

O grupo de estudos criado pela Fundação SM vai refletir sobre a educação que queremos em 2050. Cinco eixos fazem parte do relatório:
 

Pedagogia: deve ser organizada em torno dos princípios da cooperação, colaboração e solidariedade, promovendo o trabalho em equipe e a empatia entre os estudantes -- e não com foco no desempenho individual e competitividade.
 

Currículo: deve promover a interdisciplinaridade, conectando as áreas de conhecimento, além de mostrar aplicações no mundo real, que também valorizem a aprendizagem ecológica e intercultural. Apoiar os estudantes no acesso e produção do conhecimento, dando suporte para que desenvolvam capacidade crítica, que possibilite diferenciar informações falsas das verdadeiras e combater a desinformação.
 

Professores: é preciso reconhecer o trabalho dos educadores e, principalmente, criar condições para que se se envolvam em pesquisas e produção de conhecimento, com liberdade e autonomia. O professor é essencial no processo de transformação da educação e deve ocupar uma posição central nos debates.
 

Escola: deve ser entendida como um local de segurança para os alunos. Ela promove a equidade, o bem-estar e a inclusão. É preciso rever e transformar sua infraestrutura, criando ambientes diversificados e ambivalentes, que permitam a ocupação por professores e estudantes em atividades interdisciplinares em grupo.
 

Aprendizagem: deve ser vista como um processo que ocorre em todas as áreas e etapas da vida, não apenas no contexto escolar.
 

Para participar do grupo de estudos da Fundação SM, basta acessar o SITE e fazer a inscrição gratuita.
 

Acesse AQUI o Relatório “Reimaginar nossos futuros juntos: Um novo contrato social para a educação”.
 

Sobre a Fundação SM

A Fundação SM busca apoiar e desenvolver projetos voltados para a melhoria da qualidade da educação, que percebem o ser humano em sua totalidade, apoiando iniciativas como o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil. Destacam-se também o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil e o Prêmio Barco a Vapor, que se propõem a despertar o prazer pela leitura entre crianças e jovens e estimular a produção literária em espanhol e português.

Por assessoria