Como já é sua marca registrada, a mistura rítmica e de gêneros marcam o álbum. “Tem de tudo, piano clássico bem dramático e teatral, saxofone, violão, clarinete, influências que passam pela bossa nova, samba e tropicalismo até um diálogo com o sertanejo de hoje que chamo de pós-universitário,. Em Coração à mão, por exemplo, eu canto as diferenças de gerações com uma dupla de sertanejos universitários de Birigui (SP), Kleber e Guto. Juntos, interagimos musicalmente nas diferenças de se expressar”, ressalta Miranda.
Em relação às letras, Miranda traz questionamentos sobre a passagem do tempo, as mudanças sociais, de comportamento e as formas de se relacionar. “É um trabalho cheio de reflexões e indagações. Tem músicas que trazem suavidade e outras que são provocativas, como é possível observar nos versos da música “Vivo ou Morto” “Eu encontrei um velho amigo / Que me olhou com olhar antigo / Como se eu já pertencesse / À lista dos desaparecidos”.
Antonio Miranda define sua obra como música brasileira feita por quem escuta atentamente todas as nuances musicais que se apresentam. “Tudo o que passou pelos meus ouvidos, sem preconceito. Mas tenho sim minhas referências, que estão nos grandes mestres, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Noel Rosa, João Gilberto, Cartola, Batatinha,Caetano, Gil, Tom Zé, Gordurinha e Jackson do Pandeiro, além dos amigos com quem pude conviver artisticamente como Paulinho da Viola, Renato Teixeira. O álbum tem produção assinada por Paulo Mutti, através do Selo Benzza Music, direção musical de André Tiganá, capa é de Daniel Kalil.
Informações à imprensa
Gisele Santana