A Natura conquistou, na última quinta-feira (28), o Prêmio ECO da AMCHAM-Brasil (Câmara de Comércio Brasil-EUA), correalizado com a Época Negócios, na categoria “Práticas de Sustentabilidade em Produtos ou Serviços”, com o case “PlenaMata: mobilização pela conservação e regeneração da Amazônia”.
Na edição 2022 da premiação, 86 companhias inscreveram 108 projetos nas categorias “Sustentabilidade em Processos” e “Sustentabilidade em Produtos ou Serviços”. Ao total, 28 iniciativas foram selecionadas como vencedoras e reconhecidas em evento presencial na sede da Amcham, em São Paulo.
Desenvolvido pela Natura em parceria com Mapbiomas, InfoAmazonia e Hacklab, o portal PlenaMata acompanha em tempo real o desmatamento na Amazônia. Além de apresentar um contador de árvores derrubadas por minuto e hectares desmatados, a partir de informações atualizadas diariamente e com a possibilidade de gerar mapas e gráficos interativos, inclusive com recortes territoriais, o PlenaMata reúne conteúdos informativos com linguagem acessível para ampliar o alcance sobre o tema entre diferentes públicos.
De acordo com alertas do portal detectados até a primeira quinzena de julho, o desmatamento neste ano já representa mais de 1,3 milhão de árvores derrubadas por dia - uma média estimada de 974 árvores por minuto.
“Esse reconhecimento é uma grande honra para nós e reforça a nossa convicção de que as empresas precisam ser agentes de transformação. O desmatamento, hoje, é uma das grandes ameaças a Amazônia e às populações locais, um dos mais graves problemas ambientais da atualidade, pois compromete o equilíbrio do planeta e intensifica os efeitos das mudanças do clima, perda da biodiversidade, impactos nos ecossistemas essenciais a vida, afetando gravemente a economia e a sociedade”, afirma Denise Hills, diretora de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina. “O PlenaMata tem o objetivo de chamar a atenção para esse grave problema e mobilizar esforços coletivos em torno de iniciativas de conservação e regeneração da floresta. Portanto, sermos um dos vencedores do Prêmio ECO neste ano, é motivo de muita alegria para nós”, acrescenta.
Para Mathias Felipe, coordenador do PlenaMata e gerente de projetos do InfoAmazonia, o reconhecimento através do Prêmio ECO é um incentivo para mais trabalhos colaborativos que visam promover a conservação da floresta. “A Amazônia é um bem com impactos geopolíticos, ambientais e sociais de magnitude planetária, por isso é importante oferecer informações confiáveis e de qualidade sobre a região. Como defendemos no PlenaMata, conhecimento gera movimento”, reforça Mathias.
“A conservação e o combate ao desmatamento precisam se tornar uma obsessão nacional pela importância que a Amazônia tem para o Brasil. Muito além da biodiversidade, é a segurança energética, alimentar e econômica do País e um tesouro cultural inestimável. O PlaneMata é um instrumento que se soma para ampliar a consciência e promover a manutenção da floresta de pé", sinaliza Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.
O PlenaMata é uma das iniciativas que se somam ao compromisso de mais de duas décadas da Natura com a Amazônia, estabelecido na Visão 2030 de Natura &Co (Natura, Avon The Body Shop e Aesop), cujas metas incluem mobilizar esforços coletivos para zerar o desmatamento na região até 2025 e ampliar a área de conservação de 2 milhões para 3 milhões até 2030.
Sobre o Prêmio ECO
Lançado pela AMCHAM em 1982, o Prêmio Eco reconhece as melhores práticas empresariais voltadas ao meio ambiente e promove a reflexão sobre a evolução do tema da sustentabilidade no Brasil. O nome ECO, fusão das palavras empresa e comunidade, traduz o compromisso corporativo com o desenvolvimento social, ambiental e econômico. No último ano, o Prêmio Eco se juntou à Revista Época Negócios e seu canal Um Só Planeta no intuito de divulgar as melhores e mais inovadoras práticas de ESG no Brasil.
Nesta edição, o Prêmio ECO avaliou 108 iniciativas inscritas, com a expertise de um time de 50 jurados e especialistas, resultando na premiação de 28 iniciativas de 27 empresas de todos os portes e segmentos da economia.
Por Flávia Uzêda