Um exame realizado no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, comprovou que a criança está com três meses de gravidez.
O primeiro abuso sexual aconteceu em janeiro de 2021, quando ela tinha 10, por um primo de 25 anos, em um matagal. A mãe da criança informou que à época o médico apontou riscos de morte no procedimento de interrupção da gravidez e, por isso, ela não permitiu o aborto.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o primo que a estuprou foi assassinado pouco tempo depois. A menina abandonou a escola e se negou a receber acompanhamento psicológico.
Vivendo em um abrigo em Teresina, há cerca de um mês, por ter uma relação conflituosa com os pais, a menina agora estaria grávida de um tio. Segundo os familiares, o suspeito do crime continua solto. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
“Fiquei sem chão quando soube, indignada. Ela estava morando com o pai, na casa da avó, e o tio que a estuprou estava dormindo no mesmo quarto que ela”, relatou a mãe da menina.
O filho mais velho da criança está sob os cuidados do avô, que está desempregado e mora com mais cinco pessoas.
A lei brasileira permite aborto em casos de estupro e risco de morte para a gestante e uma decisão judicial estendeu a permissão para os casos de anencefalia do feto.
Por BN