O secretário-geral da União Brasil, ACM Neto, afirmou que a nomeação de nomes do partido para ministérios não representa apoio automático ao presidente.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o ex-prefeito de Salvador defendeu que a legenda mantenha posição de independência, sem aderir oficialmente à base aliada. Ele destacou ainda que está é uma posição que “dá conforto a todo mundo” no partido, que terá parte da bancada com governo, parte na oposição, além de parlamentares que votarão conforme a pauta.
“As matérias importantes no Congresso devem ser apoiadas pelo partido, mas isso anos significa alinhamento automático ou compromisso político irrestrito. Vamos ter a independência e a liberdade para criticar que for necessário”, disse.
ACM Neto pontuou ainda que é cedo para se posicionar em relação ao governo e defendeu que a União Brasil aprofunde seu debate interno sobre a relação com o novo governo. “Não é dar um ministério e está resolvido, não é isso. Eu não estou atrás de ministério, não estou atrás de cargos. Não é isso que vai definir posição do partido. É preciso uma construção política muito mais ampla e profunda, fazemos política em outro nível.”
O ex-prefeito de Salvador ainda confirmou que seu aliado, o deputado federal Paulo Azi (União Brasil-BA), foi sondado para o ministério de Lula. Mas diz que não vetou a indicação e que a decisão de declinar o convite partiu do deputado.
“Foi uma decisão de for íntimo. Mas acho que ele fez uma leitura correta. Pelo histórico dele na Bahia, uma eventual participação de ele no governo, neste momento, poderia ser interpretado como incoerente”, afirmou.
ACM Neto fez nesta quinta-feira (12) sua primeira aparição pública neste ano. Ele participou da Lavagem do Bonfim em Salvador e percorreu ao lado de aliados o cortejo de sete quilômetros entre as Basílicas da Conceição da Praia e do Senhor do Bonfim.
Por Bahia.ba