Foi sempre com
engajamento e determinação que o saudoso Otávio Barros Rios (Tavinho) tratava
dos temas relevantes da sua querida Varzea da Roça, como foi o caso da
emancipação política que inicialmente foi negada pela Assembléia Legislativa da
Bahia.
O poeta José Silvano Silva Rios, quando das comemorações dos 38 de emancipação política de Várzea da Roça, fez um brilhante trabalho de pesquisa e conta nos seus versos como tudo aconteceu.
Parabéns Várzea da Roça
Por sua emancipação
Já são trinta e oito anos
De avanço e progressão
Ainda há muito a fazer
Para a cidade crescer
Sem perder a tradição.
Muita gente não conhece
Nem procuraram saber
Sobre a emancipação
Que todos queriam ter
Quem foi que iniciou
E quem por ela lutou
Vou contar para você.
Certa vez um deputado
Resolveu agradecer
Pelos votos que tivera
E o que pudera fazer
Incluiu o povoado
Para ser emancipado
E adquirir poder.
Conhecido por Bode Magro
O citado deputado
Que enviou à Assembleia
Sem um projeto traçado
Apenas um nome em vão
Querendo a emancipação
Não tivemos resultado.
Um cronista desportivo
Chamado Válter Vieira
Conhecendo o povoado
Em pleno dia de Feira
A Tavinho foi perguntar
Por que não emancipar
Esta cidade altaneira?
Tavinho respondeu a ele
Já tentamos emancipar
O nome foi sem projeto
Não foi possível aprovar
Você que é conhecido
Vou ficar agradecido
Se puder nos ajudar.
Válter ofereceu ajuda
Da forma que ele podia
Vá a rádio e me procure
E aí marcou o dia
Lá foi Tavinho e Teté
Com coragem e muita fé
Pra ver o que ele fazia.
Vamos ver Hugo Navarro
Deputado Estadual
Pra preparar um projeto
De ordem municipal
Assim foram esperar
O deputado chegar
Pra tornar tudo legal.
O deputado chegando
Em casa pra descansar
Com pouco tempo ele ouviu
A campainha tocar
Válter, Tavinho e Teté
Que não arredaram o pé
Pra o deputado ajudar.
Na casa do deputado
Foram todos recebidos
Perguntou o parlamentar
O que é que querem comigo?
O assunto foi relatado
No papel foi anotado
Esse é o nosso motivo.
O deputado, portanto
Logo se prontificou
A apresentar o projeto
Mas antes ele explicou
Precisa de documento
Pra comprovar o intento
Do que se solicitou.
Foi tudo feito em silêncio
No estilo mineirinho
Pra Mairi não saber
Foi feito tudo certinho
Dona Lucília ajudou
E um relatório entregou
A dona Guinha e Tavinho.
De posse do relatório
Do Cartório Eleitoral
Que provava a existência
Do eleitorado real
Consulta à população
Através de uma eleição
De um plebiscito final.
Tudo o que necessitava
Foram providenciar
Teté e Tavinho na frente
Pra cidade emancipar
Foram Tavinho e Teté
À sede do IBGE
Para tudo mapear.
No IBGE encontraram
Chefe por nome Loureiro
Que ali sentou com os dois
Traçando um mapa certeiro
Do centro de Salvador
De lá mesmo ele traçou
Os limites e o roteiro.
De lá mesmo eles saíram
Nas mãos este documento
Pegaram uma condução
Direto pro Parlamento
Com compromisso firmado
Entregaram ao deputado
Todo o mapeamento.
De posse dos documentos
Podemos protocolar
Mas existe um embaraço