O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta segunda-feira (18) o afastamento da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD). Investigações da Polícia Federal (PF) e da procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apontam que Lucinha é suspeita de atuar como braço político de uma milícia na zona oeste da capital.
Ela é alvo da Operação Batismo pela suspeita de atuar junto ao grupo criminoso que foi o responsável pelos ataques a ônibus e trem na zona oeste em outubro. A milícia é comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A Justiça expediu oito mandados de busca e apreensão contra a deputada. Entre os endereços estão o gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio, e na casa dela, em Campo Grande. Outro alvo de buscas nesta segunda é Ariane de Afonso Lima, uma de suas funcionárias.
“Desejo que a deputada consiga esclarecer no seu juízo probatório a inocência dela. Eu acho que a ampla defesa, o contraditório, tem que prevalecer sempre”, disse o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL), ao portal G1.
As investigações começaram no ano de 2021 no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que apurava o assassinato de um policial por parte de milicianos ligados ao Bonde do Zinho.
Com o avanço das investigações, houve compartilhamento de dados por parte do Ministério Público e pedido de abertura de inquérito à PF para aprofundar as conexões criminosas praticadas pela milícia. Quebras de sigilos telefônicos e telemáticos de suspeitos revelaram o envolvimento da deputada Lucinha e de uma assessora dela com a cúpula da milícia do Zinho.
Por Metro 1