O ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi condenado no âmbito da Operação Lava Jato e voltará para a prisão. A decisão foi assinada pela juíza substituta Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba. A determinação da magistrada é que ele deve cumprir uma pena privativa de liberdade de 39 anos, 2 meses e 20 dias, em regime fechado.
O acusado foi alvo de quatro condenações que já transitaram em julgado, ou seja, quando não há mais possibilidade de recurso, e envolve crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Duque foi um dos mais longevos presos da operação. Ao longo do período de prisão, ele se propôs a colaborar com a Justiça, confessou ter cometido crime e aceitou abrir mão de R$ 100 milhões em contas no exterior. Também fez acusações contra o hoje presidente Lula (PT).
Ele teve duas passagens pela prisão: entre novembro e dezembro de 2014; e de março de 2015 até março de 2020. Depois, usou tornozeleira eletrônica até abril de 2023.
A juíza determinou a expedição de mandado de prisão com prazo de validade até 14 de outubro de 2037 e pediu que a Polícia Federal adote as providências para que Duque seja encaminhado ao sistema prisional estadual. A PF no Paraná informou não ter a confirmação da prisão ainda.
Em nota, o advogado Marcelo Lebre, responsável pela defesa de Duque, disse apenas que irá se manifestar “tão logo tenha acesso à íntegra da decisão” da 12ª Vara Federal de Curitiba, “oportunidade em que serão apontados os diversos pecadilhos ocorridos nos diversos autos de ação penal da famigerada Operação Lava Jato”.
Por Bahia.ba