Cansaço, febre e olhos amarelados são alguns dos sintomas que costumam indicar casos em que infecções causadas por vírus afetam o fígado, as chamadas hepatites virais. Por conta da gravidade e progressão silenciosa, desde 2019, a campanha Julho Amarelo busca ampliar a conscientização e os cuidados com as doenças que são classificadas por letras, sendo os tipos A, B e C os mais comuns em território brasileiro de acordo com o Ministério da Saúde.
Além dos sinais, seus tipos apresentam diferentes maneiras de transmissão e tratamento. A hepatite A, por exemplo, acontece através do consumo de água e/ou alimentos contaminados, diferentemente das B e C, cuja transmissão ocorre principalmente por meio do contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas e de mãe para filho durante a gravidez. Apesar dessas distinções, a vacinação é uma aliada em comum.
Segundo recente levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que reuniu informações de mais de 180 países, tais doenças são responsáveis pela morte de aproximadamente 3,5 pessoas por dia e 1,3 milhão por ano. Em nível global, ocupam o posto de segunda principal causa infecciosa de óbitos no mundo, atrás apenas da tuberculose.
Formas de prevenção
Atualmente, a principal via de prevenção é a imunização contra os tipos A, B e D (Delta). Para o tipo C, no entanto, ainda não há vacinas. Nas unidades do IHEF Vacinas, por exemplo, são disponibilizados imunizantes para o tipo A, isoladamente, e para o tipo B encontra-se dentro da hexavalente, disponível para bebês e que também protege contra a Delta.
A enfermeira e responsável técnica IHEF Vacinas, Fabiana Porto, explica que as opções passam por processo de testagem até chegar ao cliente final. “A eficácia é medida por meio de exames sorológicos, após a realização do esquema vacinal específico. No caso da hepatite B, a imunização se inicia ao nascer e, para a hepatite A, a partir de um ano de idade”, ressalta.
Por este ser um método seguro de proteção é importante manter a caderneta de vacinação em dia. A profissional recomenda também alguns cuidados a fim de evitar a contaminação, como a higienização adequada das mãos antes das refeições, utilização de agulhas e materiais somente esterilizados e o uso de preservativos durante o ato sexual.
Exames para detecção
As hepatites virais podem ser detectadas por meio de exames laboratoriais. De acordo com Marcus Machado, farmacêutico bioquímico e diretor técnico do IHEF, tais opções são indicadas principalmente para pacientes que realizam hemodiálise, gestantes e usuários de drogas que compartilham seringas. Profissionais da saúde também devem realizá-los periodicamente, devido aos riscos de infecção.
A descoberta dos tipos A, B e C ocorre através de testes moleculares, além de PCR qualitativo e quantitativo. Já a hepatite D é identificada por testes como HDV Antígeno e HDV IGM. “O diagnóstico laboratorial é fundamental, pois as doenças se apresentam muitas vezes de forma silenciosa. A realização de consultas e exames específicos frequentemente é outra prática indispensável”, alerta o farmacêutico bioquímico.
SOBRE O IHEF
O IHEF (Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana), foi fundado em 1983, objetivando proporcionar a todos os pacientes do estado da Bahia, diagnóstico e tratamentos das doenças do sangue. Após anos de atuação, o IHEF expandiu para as áreas de medicina laboratorial, diagnóstico por imagem, medicina nuclear, vacinas e banco de sangue, dando origem ao Sistema de Saúde IHEF, o mais completo serviço de saúde não hospitalar do interior da Bahia.
Desde 2014 é vencedor do Top of Mind no segmento laboratorial em Feira de Santana e também do prêmio Benchmarking Bahia por duas vezes, na categoria Compliance, como o melhor laboratório do interior da Bahia. O IHEF Laboratório possui certificação de qualidade como a ISO 9001.
Por Assessoria