Impossível não ficar com a boca cheia d’água quando a cozinha de Montemor aparece em “Deus salve o rei”. É tanta delícia na tela da TV que dá vontade de experimentar tudo. E o desejo fica ainda maior ao saber que a maioria das comidas é de verdade.
'Deus salve o rei': resumos de 12 a 17 de março
— Tem tortas, massas preparadas para o pão, frutas, carnes, frangos no espeto, temperos, legumes e verduras. É uma cozinha rica — afirma a atriz Dayse Pozato, a Betânia, que não dispensa uma “roubadinha”: — Belisco damasco, amora, mirtilo...
Já o que fascina a atriz Isadora Ferrite, que vive Brumela, é o aroma da cozinha.
— Adoro o cheiro dos temperos. Alecrim, cominho, coentro, hortelã, manjericão... — diz ela, que se sentiu “como uma criança na Disney” ao entrar nesse set pela primeira vez, e se diverte quando tem que colocar a mão na massa, literalmente, para fazer o pão: — É quase terapêutico.
Como grande parte dos alimentos são verdadeiros, a produtora de arte Nininha de Médicis conta o que faz com as comidas após as gravações.
— Uma parte a gente congela, reaproveita. Frutas e verduras aproveitamos na feira dos reinos. Já o leitão, temos um cenográfico, mas quando vai ao fogo tem que ser de verdade — explica Nininha.
Até agora, apenas um leitão foi usado, e as imagens dele assando são aproveitadas em outras ocasiões.
— O cenário é mágico. O fogo, o espaço e as bancadas enormes nos levam para outro tempo — encanta-se Dayse.
Detalhes do cenário
GrandiosaA cozinha real tem 153 metros quadrados, utensílios de época, como panelões de metal e de ferro, além de embutidos reais e falsos pendurados.
Restaurante“Os alimentos prontos, normalmente, são feitos em um restaurante perto dos Estúdios Globo. Cada um vem separadamente, e montamos os pratos no cenário da cozinha”, detalha Nininha.
Farinhas e carnesNo local, há sacos de feijão (nunca preto), farinha de centeio e farelo de trigo. As delícias mais produzidas são carne assada, porco, galinhas, codornas , tortas de figo, pêssego e noz pecan.
Curiosidade“Na época, usava-se sal e banha para conservar alimentos. Não sabia disso. O uso dos apetrechos era mais bruto, os pilões, os facões e até o modo de segurar os alimentos eram mais ‘grosseiros’”, conta Isadora. EXTRA ONLINE