Alvo da Polícia Federal o ministro do Trabalho é afastado do cargo pelo Supremo
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5/7) a terceira fase da Operação Registro Espúrio. O principal alvo é o ministro do Trabalho, Helton Yomura, que foi afastado do cargo por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete e na casa dele.
O deputado federal Nélson Marquezelli (PTB-SP) também é alvo de busca e apreensão. Policiais federais estão no gabinete do parlamentar no Congresso Nacional desde o início da manhã.
De acordo com a PF, o objetivo é aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho. Foram identificados pagamentos para fraudar a concessão dos documentos que chegavam ao valor de R$ 4 milhões.
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Gabinete do deputado federal
No total, os policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília e no Rio de Janeiro.
As investigações e o material coletado nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio indicam a participação de novos atores e apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta.Além das buscas, a pedido da PF e da Procuradoria-Geral da República, serão impostas aos investigados medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta, bem como a suspensão do exercício do cargo.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson e a filha dele, Cristiane Brasil, além de Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB) foram os alvos das primeiras fases da operação. O ministro Helton Yomura é indicação do PTB.
O deputado Nélson Marquezelli estava na Câmara quando os policiais chegaram. Ele falou com a imprensa sobre a ação da polícia. Ele disse que a operação é legal e que deve ocorrer em gabinetes de outros deputados do partido. Confira: