As investigações da Polícia Federal na operação Flying Low apontam uma provável ligação da quadrilha, que fazia tráfico aéreo de drogas, com o Primeiro Comando da Capital.
A ação foi deflagrada no último sábado (13), após mais de um ano de investigações. Os agentes apreenderam meia tonelada de cocaína, transportada num helicóptero. A organização criminosa buscava a droga no Paraguai e levava a São Paulo.
Na região de Presidente Prudente, a quadrilha fazia uma parada para reabastecer a aeronave em um canavial, local em que os traficantes foram abordados pelos policiais federais. A quadrilha realizava os voos durante a noite, para dificultar a identificação da aeronave pelas autoridades.
Na chegada da polícia ao local, alguns bandidos conseguiram fugir. Entre eles, Thiago Santana da Silva. Ele tinha como uma das funções levar o combustível com uma caminhonete até o helicóptero.
Segundo o delegado Daniel Coraca Junior, chefe da Polícia Federal em Presidente Prudente, Thiago seria o elo entre a quadrilha e a facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.
A investigação também aponta que a droga era trazida para a capital paulista, mas os policias ainda não sabem afirmar quem recepcionava a cocaína. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa fazia o transporte da droga de duas a quatro vezes por semana e ganhava cerca de R$ 800 por quilo levado.
O delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Marcelo Ivo de Carvalho, chamou atenção para o preço de comércio da droga.
Até este domingo (14), cinco suspeitos de integrar a quadrilha foram presos e indiciados por tráfico internacional de entorpecentes e associação para tráfico.
No fim da tarde de sábado, o piloto da aeronave, Dejair Alves da Silva; Welington Santana Furtuoso, que realizava a escolta da quadrilha, e Luiz Alberto Souza Alves, apontado como traficante, foram pegos por policiais rodoviários na praça de pedágio de Boituva, interior de São Paulo.
Na madrugada de sábado, policiais federais já haviam prendido Danilo de Sousa Novaes, dono do helicóptero e Mariana Wiezel Batista, responsável por guardar o combustível para o helicóptero e vigiar a ação da polícia.
Ao todo o patrimônio do grupo estimado pela Polícia Federal é de R$ 20 milhões.
*Informações da repórter Victoria Abel
JOVEM PAN