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POLÍCIA - 22/07/2020

Mulher tem parte do rosto desfigurado e ex-companheiro é principal suspeito da agressão; confira caso

Mulher tem parte do rosto desfigurado e ex-companheiro é principal suspeito da agressão; confira caso

Uma separação recente de um relacionamento de três anos, que não resultou apenas em uma vida - filha de dois anos -, mas, também, em 20 pontos no rosto após agressões físicas e uma Medida Protetiva de Urgência. A jovem estudante de Filosofia da UNEB (Universidade Estadual da Bahia), Jamille Soares Dias, de 28 anos, entrou para a estatística de mulheres vítimas de violência doméstica ao ser agredida pelo ex-companheiro e pai de sua filha, na noite do último domingo (19), em seu apartamento na Barra.  

Segundo a amiga da estudante, que também está ajudando a compartilhar o caso nas redes sociais com intuito de alertar outras mulheres, Agnes Rebouças, de 28 anos, o acusado de tentativa de feminicídio invadiu o condomínio e arrombou a porta da residência de Jamille. 

Na ocasião, o rapaz, que também é lutador de Jiu-Jitsu, desferiu socos no rosto da ex-companheira, que ficou desfigurada e necessitou passar por uma cirurgia para reconstruir parte da face. A vítima também levou pontos no supercílio. As agressões, conforme Agnes, teriam ocorrido, porque o suspeito de tentativa de feminicídio encontrou um preservativo na bolsa da ex-companheira.  

“Ela me contou que alguns vizinhos estavam ouvindo o barulho e começaram a gritar pedindo que ele parasse e ele ameaçou essas pessoas também. Até que os vizinhos chamaram a polícia e ele fugiu. Graças a Deus a criança estava na casa dos avós maternos”, contou a amiga de Jamille.  

Na mesma noite, a jovem registrou o crime na Deam de Brotas e, durante a madrugada, foi deferido o pedido da Medida Protetiva, pelo juiz plantonista, Paulo Eduardo M. de Moreira, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), obrigando o lutador a manter uma distância de no mínimo 500 metros da vítima e familiares. 

Além disso, a decisão ainda proibe o acusado de manter qualquer contato com Jamille, familiares e testemunhas: “pessoalmente ou por qualquer meio de comunicação, inclusive por meio de mensagens de texto ou de voz através de e-mail; por meio redes sociais, notadamente Facebook, ou mesmo pelo aplicativo de celular WhatsApp; proibição de frequentar locais onde saiba estar presente a ofendida, em especial a sua residência e o seu local de trabalho a fim de preservar a sua integridade física e mental”. 

Histórico de violência  

“A gente já sabia desse histórico dele, que não era uma pessoa muito agradável, mas eu não sabia que ele tinha partido para agressão física, bater nela”, contou a amiga de Jamille.

Um crime que mobilizou diversos internautas mostrou não só a potência da internet em viralizar esses casos, mas, também apontou outras vítimas do lutador de Jiu-Jitsu, um histórico de comportamento violento, segundo colegas que conviveram com o rapaz e a própria Agnes, que tem sido ameaçada por compartilhar o caso. 

“Eu estou receosa, apesar de estarmos de quarentena, eu saio de casa as vezes para ajudar ela, dar esse suporte, mas estou temendo por minha segurança”, ressaltou. 

Outra mulher, que estudou com o lutador, também se manifestou sobre o crime: “Estudamos juntos no ensino fundamental e infelizmente tive o desprazer de conviver com ele”. 

E, aparentemente, não parou por aí. À reportagem, Agnes afirmou que teve acesso ao relato de outra agressão em um relacionamento anterior. “Ela também não foi a primeira mulher, já recebi mensagem de outras pessoas, de uma menina que se relacionou com ele e ela foi agredida também”. 

Entretanto, a jovem de 28 anos, que está acompanhando a amiga de perto, nesse momento de recuperação física e psicológica, ainda tem esperanças de que não existam mais registros de crimes como esse futuramente. 

“Eu espero que a gente viva um dia para não presenciar mais isso”, completou. 

Informações por B News

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