Pela primeira vez uma votação no Congresso será feita de forma virtual. O Senado inaugura nesta sexta-feira (20) o sistema para analisar o pedido do governo para que seja decretado Estado de calamidade pública.
A medida autoriza o país a descumprir a meta fiscal fixada para o ano e, assim, elevar os gastos públicos. Ela é necessária para que o governo possa colocar em prática o plano de R$ 147 bilhões com medidas para combater o novo coronavírus.
Aprovado por unanimidade pela Câmara, o mesmo deve acontecer no Senado como afirma o relator senador Weverton Rocha (PDT)
“Nós estamos falando de um vírus que tem repercussão e tem feito um estrago no mundo, então não dá tempo da gente ficar inventando a roda. A Câmara aprovou, o governo já editou. Claro que a Casa tem o papel de revisar, mas com muita responsabilidade.”
O sistema de deliberação remoto passou pela última fase de testes nesta quinta-feira (19). Segundo técnicos da Mesa Diretora do Senado, ele ainda não chegou à sua versão final, mas o processo foi acelerado para que a votação pudesse acontecer no dia de hoje.
Apenas o presidente da sessão precisa estar em Brasília. Em frente a ele, um telão, onde dá para ver todos os senadores conectados naquele momento. Na hora do voto, o parlamentar recebe uma senha de confirmação.
Segundo o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD), a ferramenta está pronta. “Funciono bem, claro que é um protótipo. Mas o teste foi realizado com exito. É um teste que ficará em vigência aqui no Senado. Será o primeiro parlamento do mundo a adotar essa nova performance. ”
Senadores do movimento Muda Senado enviaram um abaixo assinado para o presidente Jair Bolsonaro pedindo que ele retire um dos projetos de lei enviados pelo governo devolvendo ao relator-geral do Orçamento o controle sobre R$ 20 bilhões.
O grupo defende que o dinheiro seja inteiramente direcionado ao Ministério da Saúde.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
JOVEM PAN