O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira (2) que a companhia “vai praticar preços competitivos do mercado nacional”. Em sua primeira coletiva no cargo, o executivo ressaltou que a empresa poderá adotar em alguns momentos a lógica do PPI – paridade de preços internacionais, variando a partir da cotação do dólar e do petróleo – mas não enxergará este critério como uma bala de prata.
A política de PPI foi adotada no governo do ex-presidente Michel Temer e mantido na gestão Bolsonaro. O presidente da companhia avalia que ela nem sempre é o melhor caminho para a petrolífera brasileira e “só garante ao concorrente uma posição confortável”. “O próprio PPI é uma abstração, parece que virou um dogma. Não é necessariamente assim. O mercado brasileiro é diferente”, afirmou Prates.
Jean Paul Prates considera que o mecanismo de reajuste dos preços nas refinarias “é uma questão de governo”. A seu ver, a Petrobras deve fazer a escolha “conforme ela achar que tem que ser, para garantir sua fatia de mercado. Se é o PPI o melhor preço, por acaso, que seja. Mas, na maior parte das vezes, talvez não seja”.
Sobre a equipe econômica do governo Lula e o próprio presidente não gostar do PPI – por ser o país produtor de petróleo -, Prates entende que o governo tem o direito de não gostar. “Para mim, tanto faz. Eu estou gerindo uma empresa que vai praticar o melhor preço para ela”, concluiu. Fonte: Metrópoles