Nesta semana, o Brasil relembra um de seus momentos mais difíceis: o Golpe de 64. Em 1988, 39 anos depois, foi promulgada a Constituição que consagrou a retomada da democracia no Brasil. Em um discurso histórico, o então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, repetiu a célebre frase “traidor da Constituição é traidor da Pátria”.
No próprio discurso, Ulysses Guimarães reconheceu que certamente a Constituição certamente não é perfeita. “Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca”, disse.
Após anos de ditadura, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte declarou, no discurso, ódio e nojo ao regime militar. “Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério”, afirmou.
“Quando após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos o Estatuto do Homem da Liberdade e da Democracia bradamos por imposição de sua honra. Amaldiçoamos a tirania aonde quer que ela desgrace homens e nações. Principalmente na América Latina”, disse Ulysses Guimarães.
Por Metro 1