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POLÍTICA - 24/04/2023

Ministros se reúnem com representantes de movimentos sociais em Portugal

Ministros se reúnem com representantes de movimentos sociais em Portugal

Os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida; da Igualdade Racial, Anielle Franco; e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, reuniram-se em Lisboa neste domingo (23/4) com representantes de movimentos sociais das comunidades brasileiras de Portugal e de diversos localidades da Europa.
 

O ministro Macêdo passou em revista algumas das principais realizações dos 100 primeiros dias de governo, como a retomada de diversos programas sociais e de infraestrutura descontinuados pelo governo anterior (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, entre outros); de medidas para a retomada econômica (negociação com o BC pela baixa dos juros, Desenrola Brasil, apoio ao microempreendedorismo), além da retomada da articulação com movimentos sociais (recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea, criação do Conselho de Participação Social). Ressaltou, ainda, a necessidade de mobilização permanente contra a ascensão da extrema direita no âmbito internacional.
 

A ministra Anielle Franco ressaltou o aspecto emocionante e simbólico de participar de um governo que volta a colocar os movimentos sociais em posição de protagonismo. Disse que a política deve ser feita “com afeto, olho no olho, sem que nunca a gente se esqueça de onde veio”. Frisou que, para isso, a comunicação deve ser a mais acertada possível e que a transparência deve ser a marca. Declarou-se sensibilizada com as homenagens que viu em Portugal à sua irmã Marielle Franco e o quanto seu assassinato brutal foi responsável pela ascensão de um movimento contra a violência política e em defesa da igualdade racial em escala global.
 

O ministro Silvio Almeida ressaltou a missão que lhe foi passada pelo presidente Lula, de reconstruir as formas de participação social na elaboração e aplicação de politicas publicas. Citou, a propósito, o desmonte deliberado dos últimos anos, inclusive com a utilização do Ministério de Direitos Humanos, buscando a confusão de políticas de propagação do discurso de ódio com políticas de direitos humanos. Salientou que a política de direitos humanos precisa ser uma política de Estado, e não apenas de um governo, daí a necessidade de um arcabouço institucional bem alicerçado. Nesse sentido, citou a necessidade de fortalecer políticas de reparação e de proteção.
 

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, frisou a necessidade de que os movimentos sociais pratiquem uma comunicação social mais efetiva, particularmente em face do desafio de se lutar contra estratégias de desinformação calcadas no discurso do ódio e nas fake news. Sublinhou que o governo deve estar empenhado na promoção de politicas sociais e de direitos humanos, a exemplo de iniciativas da Embratur para a promoção do afroturismo no Brasil.
 

Falaram em seguida representantes do movimentos sociais: o Movimento Revolu, de Portugal, ressaltou a necessidade de prontidão e de articulação contra a ascensão da extrema direita; o coletivo Trupe Arte na Mochila comentou a importância da utilização da arte e da cultura brasileira no exterior; o Movimento T, de travestis migrantes em Portugal, comentou sobre as dificuldades de inserção no mercado de trabalho e a exposição quotidiana à violência; e o Núcleo de Estudantes Luso-brasileiros relatou dificuldades relacionadas à xenofobia, ao alto valor das mensalidades e à obtenção de vistos de estudante.
 

Dando prosseguimento, representantes de organizações sociais localizados em diversas cidades portuguesas salientaram a necessidade de uma pauta transversal de proteção dos direitos de imigrantes, mulheres, negros e da democracia. Porta-vozes das comunidades brasileiras na Espanha, França e Irlanda ressaltaram pautas semelhantes. Por sua vez, o Movimento Brasileiros Emigrados reivindicou a criação, na estrutura do governo, de um conselho de direitos de brasileiros emigrados.

 


Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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