A diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, desde 2015 e servidora pública há 25 anos, gastou R$ 209,9 mil com o cartão corporativo desde quando assumiu o cargo, conforme o Portal Transparência. No entanto, o Senado só começou a publicar as notas fiscais no site a partir deste ano.
O, de acordo com o portal, o recurso foi destinado à passagens, material de consumo, serviços de terceiros, entre outros, mas não há informação sobre para quem foram os pagamentos.
Pelo regimento interno da Casa, conforme o Metrópoles, o uso deve ser restrito a “situações nas quais não seja possível ou recomendável submeter a aquisição ao processo de licitação”. Os cartões devem ser usados para atender despesas eventuais, em caráter sigiloso ou de pequeno vulto.
Em alguns anos, a diretora-geral gastou mais do que em outros. Em 2017 foram R$ 85 mil e em 2018, R$ 62 mil. No final de 2018, o Senado fez uma auditoria interna sobre o uso do cartão por servidores e revelou diversas irregularidades. A diretora tinha um dos gastos mais altos da Casa, mas até onde o Metrópoles teve acesso, não foi acusada de impropriedades. Em 2019, o gasto de Trombka caiu para R$ 6,4 mil.
Em 2021, a diretora gastou R$ 34,3 mil. Já em 2022 e 2023, os gastos foram pouco superiores a R$ 4 mil no ano todo.
Procurada, Trombka disse que iria se manifestar por meio da assessoria do Senado. O Senado, por sua vez, informou que os servidores são obrigados a prestar contas dos gastos, mas não informou quais foram os fornecedores pagos com o cartão controlado pela diretora.
“Informamos que, desde 2015, a média mensal de gastos da Diretora-Geral com suprimento de fundos é de, aproximadamente, R$ 2 mil e obedeceram às normas que regem a matéria e tiveram as prestações de contas aprovadas integralmente, comprovando sua regular utilização”, disse a Casa, em nota.
Por Bahia.ba